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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Medical Korea | World's first osteotomy for spine deformity

CIRURGIAS DE COLUNA

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Empresa proíbe deficientes visuais de embarcar em voo

21/05/2013
Azul vetou entrada de três passageiros por não ter número suficiente de comissários

Três deficientes visuais pretendem processar a empresa aérea Azul, depois de terem sido impedidos de embarcar, no aeroporto Leite Lopes, de Ribeirão Preto, em um voo para Belo Horizonte (MG). “O comandante bloqueou nosso embarque. Foi uma atitude preconceituosa e vamos processar a empresa”, afirma Crisolom Terto Vilas Boas, analista de sistemas.

O grupo registrou um boletim de ocorrência pela situação. Desde o momento em que isso ocorreu até serem transportados até um hotel, eles alegam ter esperado cerca de sete horas.

O incidente ocorreu domingo, quando os três esperavam para embarcar. Um quarto deficiente já havia embarcado. “Percebemos que todos passaram e não chamavam a gente. Foi quando uma comissária nos disse que o comandante barrou o embarque”, conta.

Segundo ele, a funcionária teria dito que o comandante considerou o embarque de três deficientes visuais perigoso para o voo.

A atendente de loja, Priscila Cândido, foi uma das pessoas barradas. “Foi constrangedor, porque isso nunca aconteceu. Já viajamos para outros países e isso nunca aconteceu”, afirma.

Ela também não entende por que tiveram que esperar três horas para serem avisados que não poderiam embarcar no voo.

Nesta terça-feira (21), a sua indignação tornou-se maior quando a empresa colocou cada um dos deficientes visuais em um voo diferente. “Falaram que não podemos viajar juntos, mas não entendemos de onde saiu esta regra, porque nunca ficamos sabendo da existência dela em outras viagens”, disse.

Outro lado

A assessoria de imprensa da Azul Linhas Aéreas Brasileiras informa que, por segurança, costuma dobrar o número de comissários a bordo para cada pessoa com deficiência visual. Para a companhia, tal medida é necessária para melhor auxiliá-las em casos de emergência.

Em nota de imprensa, a empresa lamenta os transtornos causados a quem não embarcou e informa que procurou reacomodá-los da melhor forma possível, remarcando seus voos para segunda-feira cada um em um horário diferente, sem quaisquer custos. A Azul ressalta que lamenta o ocorrido, mas reforça que agiu pensando na segurança de voo.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre o caso.

Fonte: Jornal A Cidade
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Tese mostra que pessoa com deficiência pode fazer kung fu

21/05/2013
Estudo de professor de wushu prega adaptação das atividades e métodos de ensino

Texto: Isabel Gardenal
Edição de Imagens: Diana Melo

Além de atleta, professor de wushu, supervisor técnico e ex-diretor da Confederação Brasileira da modalidade, o profissional de educação física Marcelo Moreira Antunes é um dedicado estudioso das artes marciais. Lê tudo o que encontra a respeito. Em sua tese de doutorado, defendida na Faculdade de Educação Física (FEF), não foi diferente. Após fazer uma imersão no tema, conseguiu comprovar concretamente que a pessoa com deficiência pode e deve praticar a arte marcial. Mas essa prática estaria condicionada a aspectos como a adaptação das atividades e métodos de ensino, a adequada formação de professores para esse fim e a superação do handicap, ou seja, dos impedimentos sociais.

Marcelo decidiu elaborar uma proposta inédita – “Artes marciais chinesas para pessoas com deficiência: dilemas, contextos e possibilidades” –, que exibe alternativas à prática desse esporte por pessoas com deficiência, documento que deve ser publicado como livro, dirigido aos amantes do wushu – a arte marcial chinesa que no Brasil é conhecida popularmente como kung fu. Na China, onde o esporte nasceu, esse designativo significa qualquer tarefa desempenhada com perfeição, não só a modalidade esportiva.

A sua expectativa é de que os professores de artes marciais chinesas usem a proposta como ferramenta para direcionar o treinamento e a prática por pessoas com deficiência, e que igualmente sirva de referência a novos estudos em artes marciais como o karatê, o taekwondo e o judô, etc., que ainda não possuem trabalhos acadêmicos nessa área.

A proposta de Marcelo abrange a atividade motora adaptada, o esporte adaptado, as diferentes deficiências do ponto de vista teórico e suas características, e os fundamentos histórico-culturais das artes marciais chinesas. E mostra a relação de diferentes conhecimentos para preparar um profissional para trabalhar com pessoas com deficiência. Lamentavelmente os estudos que vinculam arte marcial e deficiência são raros no mundo. “Por isso esse campo fértil me seduziu para um investimento acadêmico nessa direção”, constata.

Segundo ele, o que se nota hoje na mídia é uma divulgação majoritária do MMA (Artes Marciais Mistas) e, a despeito de o kung fu não figurar muito nos noticiários, é uma das modalidades esportivas que está pleiteando uma vaga nas Olimpíadas de 2020, que será decidida este ano em Buenos Aires, Argentina.

ATUAÇÃO

A intenção no estudo foi fornecer subsídios aos professores que trabalham nessa modalidade para receberem mais interessados em suas academias e aumentar a visibilidade do esporte. Ao criar uma ferramenta para esse propósito, Marcelo percebeu que um manual poderia restringir essa abordagem. Por isso sugeriu propostas para possíveis práticas, pelo fato dos contextos e das deficiências serem muito diferentes. Estabeleceu um modelo de primeira reflexão, por entender que é real a prática das artes marciais por diversas pessoas com deficiências.

As modalidades mais indicadas para os deficientes visuais dentro do wushu, por exemplo, se estendem também a pessoas com deficiência motora e intelectual. “Fazemos uma classificação cruzando o nível de deficiência com certa modalidade do wushu”, relata o doutorando. Foi feito um levantamento do que havia no mercado, cruzando essas informações com a literatura do esporte adaptado, concebido para ser adotado por pessoas com deficiência.

O direito a esse acesso está garantido por lei, embora cada modalidade tenha suas regras, que operam junto a grupos de pessoas com deficiência, federações e confederações. As categorias de deficiência contempladas pela pesquisa foram visual, auditiva, intelectual e físico-motora. No caso do deficiente visual, as modalidades mais recomendadas incluiriam as práticas de rotina ou coreografias de ataque-defesa (taolu) e o shuaijiao (uma luta que se dá com seus componentes agarrados), mais as práticas respiratórias. Atualmente, já não é mais mito a pessoa com deficiência competir. O wushu, a partir do estudo, mostrou-se viável, ainda que limitado em função do conhecimento que os profissionais têm do mercado. Como se trata de um estudo pioneiro, à medida que for difundido, mais pessoas se apropriarão dele.

O pesquisador fez um inquérito do wushu no Brasil, dos atletas ligados a competições, para descobrir os locais em que é praticado e a quantidade de participantes. A estimativa permitiu chegar a 21 mil federados (atletas de alto rendimento, professores e instrutores das modalidades). “Mas as federações não têm um controle preciso dos praticantes esporádicos ou que só usam a modalidade por lazer”, ressalva.

Marcelo também buscou identificar praticantes com deficiências no Brasil. Eram 49, de acordo com as federações. “A partir daí planejamos entrevistas com professores de wushu e fomos ver como eles entendiam essa prática, como visualizavam essa possibilidade e como deveria ser conduzida.” Mediante inferências sobre a prática do wushu por pessoas com deficiência, começou a ser desenhado um modelo de possibilidade, cruzando com a literatura e fazendo uma análise crítica sobre o que foi informado na entrevista e o que aparecia na literatura. Com isso, foram propostas classificações das práticas. A primeira etapa do estudo foi exploratória e a segunda propositiva.

Marcelo também esteve na China, berço do wushu. Teve o prazer de se encontrar com professores decanos da Universidade de Esporte de Beijing. Lá foram entrevistados um profissional de Educação Física da Universidade de Wuhan, dois mestres tradicionais respeitados na comunidade de Pequim e um chinês praticante de wushu que viveu no Brasil e mora na China há 15 anos.

Essas pessoas foram escolhidas para fornecer informações sobre a arte antiga do wushu. Os objetivos nos séculos 18 e 19 eram completamente distintos do que se vê hoje. O treino era uma visão militar. “Agora treinamos para saúde, entretenimento, competição e esporte”, relata o autor da tese.

Segundo o professor José Júlio Gavião de Almeida, orientador do estudo, hoje são várias as possibilidades do wushu, que vão do entretenimento à pedagogia. O esporte tem muitas condições favoráveis, contrariamente ao que se via no passado, quando era muito tecnicista – o “movimento do homem”. Hoje, se pensa “no homem em movimento”, algo maior.

“Marcelo conseguiu unir alguns elementos que, para a sociedade, eram tabus, que é o envolvimento da pessoa com deficiência em várias condições, uma relação com a sociedade mais potencializada e o pensamento da luta como instrumento social”, pondera Gavião.

As lutas, no momento, podem ser consideradas instrumentos pedagógicos, tais como outros esportes já muito bem-conhecidos no Brasil, como o futebol, e não só nas modalidades esportivas. Também no caso da dança e ginástica. Há espaço para manifestação do esporte por crianças, idosos, baixinhos, gordinhos, atletas com deficiência e de alto rendimento. O interesse de Marcelo pelo assunto resultou de sua atuação como professor de um aluno que tem síndrome de Down e do trabalho que fez com a Apae do Rio de Janeiro.

O trabalho, aborda o docente, é para a sociedade como um todo; é também para o fomento acadêmico, já que poucos estudos fazem essa discussão; e representa um grande avanço para que o wushu entre nessa perspectiva de avanço científico e acadêmico.

Gavião é responsável pela linha de pesquisa “O esporte e a educação física adaptada”, criada há mais de duas décadas na FEF. A Unicamp tem o único departamento com essa linha no âmbito da América Latina.

A esquerda, José Júlio, orientador e, a direitra, Marcelo Moreira Antunes, autor da tese. Anotninho Perri.
MODELO

Para o pesquisador, foi extremamente válido ter feito a trajetória que fez, porém, a julgar pelo começo, com 18 anos, não teria seguido esse caminho. A mãe era contra sua opção pela educação física. Desejava que o filho fosse médico e atleta de natação. “Quando escolhi o esporte, fui atrás de uma academia de kung fu. Foi uma decisão minha. E o que de melhor aprendi foi disciplina, perseverança e concentração.”

Embora “apaixonado” pelo wushu, Marcelo reconhece que falta continuidade e intensificação para a mudança de paradigma (eliminar o preconceito). Isso envolve compreender as artes marciais como uma possibilidade de prática dissociada daquela concepção militar.

Para formar um atleta hoje, dependendo do nível, internacional por exemplo, ele tem que ter de seis a oito anos de treinamento e estar dentro de modelos de esporte de alto rendimento, como em qualquer outro esporte.

Outra questão, opina ele, é que falta aos professores de artes marciais uma busca por esse conhecimento mais acadêmico e reflexivo. Nos dias atuais, os praticantes de artes marciais recebem conhecimento dentro de suas academias. E esse conhecimento é reproduzido há anos e assumido como verdade. O conhecimento das artes marciais ainda parte do senso comum, construído por culturas diferentes.

Então avançar em compreensão de que essa cultura se modifica e se apropria de outros elementos com os quais entra em contato é também uma necessidade. É preciso abandonar as artes marciais como instrumento de guerra e percebê-las como um instrumento de ensino, pedagógico e de equilíbrio social.

Publicação

Tese: “As artes marciais chinesas para pessoas com deficiência: contextos, dilemas e possibilidades”
Autor: Marcelo Moreira Antunes
Orientador: José Júlio Gavião de Almeida
Unidade: Faculdade de Educação Física (FEF)

Fonte: Jornal da UNICAMP
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Alunos de escolas públicas com deficiência auditiva terão sistema para facilitar comunicação

21/05/2013
Sistema de frequência modulada pessoal (FM) vai ajudar estudantes entre cinco e 17 anos a desenvolver mais rapidamente as competências sociais e a linguagem oral



Para facilitar a comunicação entre estudantes com deficiência auditiva, professores, colegas e familiares, o Sistema Único de Saúde (SUS) irá disponibilizar um recurso tecnológico que proporciona o diálogo com maior clareza, sem ruídos. O sistema de frequência modulada pessoal (FM) vai ajudar estudantes entre cinco e 17 anos, matriculados nas redes públicas, a desenvolver mais rapidamente as competências sociais e a linguagem oral.

Dados da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação (MEC), indicam que 70 mil estudantes apresentam deficiência auditiva e poderão ser atendidos pelo sistema.

A decisão de oferecer recursos tecnológicos para estudantes foi publicada no Diário Oficial da União do dia 8 de maio deste ano. A execução do projeto é dos ministérios da Educação e da Saúde, em parceria com as redes de educação e saúde de estados e municípios.

Sistema
 
De acordo com a diretora de políticas da educação especial da Secadi, Martinha Clarete, para se beneficiar do sistema pessoal FM, a criança ou adolescente precisa ser usuário de aparelho de amplificação sonora individual (Aasi) ou implante coclear (IC). O sistema é composto de um microfone ligado a um transmissor de frequência modulada portátil, usado pelo professor, que capta sua voz e transmite diretamente ao receptor de FM conectado ao aparelho (Aasi ou IC) do estudante.

A transmissão direta permite ao aluno ouvir a fala do professor de forma mais clara, eliminando o efeito de ruído ou reverberação do ambiente escolar, além de suprimir a distância entre o sinal de fala do educador e o aluno.

Para identificar os benefícios pedagógicos do uso do sistema pessoal FM no contexto escolar, e definir os critérios de indicação, o MEC desenvolveu, em 2012, o projeto uso do sistema de FM na escolarização de estudantes com deficiência auditiva em escolas públicas. A pesquisa envolveu 106 escolas, 202 estudantes e 99 professores do atendimento educacional especializado, nas cinco regiões do País.
 
A pesquisa comprovou a eficácia do sistema FM por usuários de Aasi e IC na promoção de acessibilidade no contexto escolar, ampliando as condições de comunicação e interação entre alunos e professores. Assim, ficou claro que o sistema FM agrega uma melhora na comunicação entre os alunos que o utilizam e os demais colegas, professores e pais, e, ao melhorar a interação e comunicação oral, eles desenvolvem mais rapidamente as competências sociais, resultando em exposição maior à linguagem oral, afirma Martinha.
  
Articulação

Para que a tecnologia chegue aos alunos será necessária uma articulação entre as redes de educação pública e o SUS, em estados e municípios. Cabe ao MEC qualificar os professores para identificar os potenciais usuários. Será responsabilidade das escolas encaminhar os estudantes aos postos de saúde do município. No posto de saúde, a criança ou jovem será examinado por um médico otorrino, que vai fazer a configuração do aparelho e definir a faixa de frequência individual, para que a voz do professor chegue limpa e o aparelho cumpra sua função.
 
A diretora da Secadi afirma, ainda, que é importante o esforço de todos para que a tecnologia chegue aos estudantes que dela precisam e que seu uso amplie as possibilidades de aprendizado. “Não adianta ter um recurso de alta tecnologia se não soubermos usá-lo adequadamente”, explica.

Viver sem Limite

Em 2011, foi lançado o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Viver sem Limite) com o objetivo de promover a cidadania, a autonomia e o fortalecimento da participação da pessoa com deficiência na sociedade, eliminando barreiras e permitindo o acesso aos bens e serviços disponíveis a toda a população. Desde então, o País tem promovido diversas ações estratégicas em educação, saúde, inclusão social e acessibilidade.

Fonte: Ministério da Educação - Portal Brasil
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Seminário de adesão ao Viver sem Limite e RS sem Limite lota auditório da Famurs


Imagem da Marli Conzatti, diretora-presidenta da Faders, junto com a ministra-chefe da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, em pé, fazendo a entrega dos termos de adesão ao Viver sem Limite e RS sem Limite, no auditório da Famurs, sob olhares atentos do deputado federal Henrique Fontana, sentado e que também compunha a mesa de autoridades. Crédito Renata Cardoso.21/05/2013
O Seminário para Gestores Públicos Municipais – Orientações técnicas para acesso aos Planos Viver sem Limite e RS sem Limite, que ocorreu nesta segunda-feira, dia 20 de maio, na Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), em Porto Alegre, foi um evento de consagração da atitude política em prol da cidadania e dos Direitos Humanos.

No evento realizado pela Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para as Pessoas com Deficiência e Pessoas com Altas Habilidades no RS (Faders), Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República e Famurs, mais de 50 municípios assinaram o termo de adesão aos planos nacional Viver sem Limite e estadual RS sem Limite, numa mobilização de autoridades e representantes que vieram de diversas regiões do RS para obter informações sobre os projetos e captação de recursos.

O auditório da Federação lotado por gestores e técnicos municipais validou o registro da primeira assinatura coletiva aos programas do governo federal e estadual. O BPC Escola (Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social) também arrecadou adesões entre as prefeituras gaúchas depois de serem passados dados técnicos sobre o programa. Hoje, 98 municípios já renovaram sua participação nos benefícios disponibilizados para as escolas que priorizam a acessibilidade dos alunos, além de capacitação e acompanhamento familiar.

A diretora-presidenta da Faders, Marli Conzatti, destacou a importância da parceria entre a Faders, o governo federal e a Famurs na construção dessas iniciativas e na efetivação de políticas públicas para as pessoas com deficiência no Estado. Segundo Marli, a compreensão de que o Viver sem Limite e o RS sem Limite são provas objetivas evidencia a ideia de que não há mais espaço para condutas preconceituosas. “A sociedade gaúcha através de seu governo neste momento leva a mensagem renovadora que propõe o rompimento com a criação de toda e qualquer forma de barreiras criadas às pessoas com deficiência”, sinalizou Marli.

O presidente da Famurs, Ary Vanazzi, disse que a sua experiência em administrações municipais mostrou que ainda há muito o que fazer para a inclusão das pessoas com deficiência e que a Famurs está à disposição para um trabalho conjunto. Segundo ele, os municípios devem buscar os recursos disponíveis para a implantações dos programas de acessibilidade.

A ministra-chefe da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, destacou as ações do governo federal inerentes ao Plano Viver sem Limite, implantações e direcionamentos, ao mesmo tempo em que referenciou os resultados positivos com as adesões colhidas no seminário. Ela também deixou um alerta aos participantes da reunião: “Em cada obra que realizarem, pensem de que forma estão contribuindo para a qualidade de vida das pessoas com deficiência”.

O Secretário de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antônio José Ferreira, da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, salientou o comprometimento de 10% dos prefeitos gaúchos como uma grande conquista para o Estado. “Os recursos são importantes, mas é determinante a efetiva mudança de comportamento da sociedade em relação às pessoas com deficiência”, enfatizou Ferreira.

O vice-governador do Rio Grande do Sul, Beto Grill, que representou o governador Tarso Genro, disse que o governo estadual está empenhado em promover ações no sentido de garantir a acessibilidade e autonomia das pessoas com deficiência e indicou também a necessidade de transformar o pensamento buscando conhecimento e atitudes concretas para as cidades.

Para o Coordenador-geral do Viver sem Limite, Elias Vieira de Oliveira, o evento foi um sucesso em vista de o Rio Grande do Sul ser um estado que tem muitos municípios e ainda está começando a adesão ao BPC Escola. “Só o fato de os gestores e equipes virem até aqui participar já é um ganho”, frisou. O programa não tem teto específico de verba para os projetos. Cada município pode arrecadar de acordo com os formulários validados. O objetivo é garantir que todas as pessoas com deficiência tenham acesso à escola.

Acesse aqui as Palestras de Orientações Técnicas aos Municípios


Fonte: Comunicação

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Jornal Acolle tratará de acessibilidade, tecnologia assistiva, audiodescrição


23/05/2013
O NuPI – Núcleo de Práticas Inclusivas /INOVA da UNIGRANRIO lançou este mês o primeiro número do informativo do núcleo. O Jornal ACOLLE como será chamado será trimestral e abordará temas sobre Educação especial e Inclusiva, Direitos Humanos e Inclusão, Pesquisa, Extensão e Graduação.

A área de interesse do jornal será: acessibilidade, software livre, informática educativa, materiais adaptados, AEE – atendimento educacional especializado, REA-recursos educacionais abertos, desenho universal, orientação e mobilidade, LIBRAS, audiodescrição, TA- tecnologia assistiva e Gestão de Projetos.

Ele virá na versão online e impressa. E , você , já leu o ACOLLE ?

Leia o jornal.

Fonte: Blog da Audiodescrição

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Plano Viver Sem Limite traz ministra Maria do Rosário a Rio Grande


22/05/2013
A Prefeitura do Rio Grande receberá sexta-feira, às 11h15min, a ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário. Na ocasião, ocorrerá o Ato de Pactuação do Plano Viver Sem Limite, inserido no evento que estará tratando do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. A programação começa na quinta-feira, às 14h, no salão nobre da Prefeitura.

Resultado do compromisso do Brasil com as prerrogativas da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da organização das Nações Unidas (ONU), ratificada pelo País com equivalência de emenda constitucional, o Viver sem Limite prevê a implementação dos apoios necessários ao pleno e efetivo exercício da capacidade legal por todas as pessoas com deficiência.

O plano busca a equiparação de oportunidades para que a deficiência não seja usada como impedimento à realização dos sonhos e dos projetos, valorizando o protagonismo e as escolhas dos brasileiros com e sem deficiência.

Para garantir a articulação do Governo Federal, estados, Distrito Federal e municípios em prol de políticas públicas de acesso à educação, inclusão social, atenção à saúde e acessibilidade, mais de 15 ministérios se reuniram, ao lado do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), para desenhar um plano que envolve todos os entes federados e prevê um investimento total no valor de R$ 7,6 bilhões até 2014.

Ao longo de 2012, as principais ações do plano começaram a sair do papel e outras estão sendo estruturadas para serem incluídas no rol de políticas voltadas às pessoas com deficiência. Em 2013, o plano deve enfocar a relação com os municípios para que as políticas tenham efetividade em seus quatro eixos: Acesso à educação, Inclusão Social, Acessibilidade e Atenção à saúde.

A efetivação no Estado do Rio Grande do Sul das Visitas Técnicas do Plano, está acontecendo em parceria com os municípios, a Famurs e a Faders.

No Rio Grande, o evento começa amanhã, às 14h, no salão nobre da Prefeitura, voltado para os conselhos municipais e instituições que atendam a pessoas com deficiência, bem como para a sociedade civil. Na sexta-feira, as atividades começam às 9h e serão dirigidas a gestores municipais. No final da manhã, ocorre o Ato de Pactuação entre as esferas municipal e federal.

Fonte: Jornal Agora

terça-feira, 21 de maio de 2013




Projeto de Acessibilidade Virtual lança livro sobre Acessibilidade e Tecnologia Assistiva durante o 2º SAS

Publicado em 06/05/2013
Durante o 2º Seminário Anual dos Servidores do IFRS, no dia 19 de abril, aconteceu o lançamento do livro Acessibilidade e Tecnologia Assistiva: Pensando a Inclusão Sociodigital de Pessoas com Necessidades Especiais, escrito pelos participantes do Projeto de Acessibilidade Virtual, apoiado pelo IFRS e desenvolvido no IFRS – Câmpus Bento Gonçalves. Os orientadores do projeto em conjunto com seus bolsistas dedicaram meses pesquisando sobre o assunto para escrever um livro completo sobre a acessibilidade e as tecnologias assistivas, tentando tornar as etapas do processo de inclusão mais claras para os educadores ou apenas auxiliando quem têm interesse em adquirir um pouco mais de conhecimento nesta área.
O livro, que é dividido em 5 capítulos, inicia falando sobre a trajetória da inclusão, abordando conceitos, estatísticas da área e alguns teóricos referenciais em educação inclusiva. O capítulo II, identifica as deficiências físico-motoras e sensoriais e grande parte das dificuldades de aprendizagem, conceituando-as e orientando familiares e professores para uma boa convivência. O capítulo III mostra com acessibilizar de acordo com as especificações técnicas os espaços escolares, buscando proporcionar independência e inclusão das pessoas com deficiência. Já o Capítulo IV trata da utilização e da confecção de Tecnologia Assistiva que busca possibilitar a realização de atividades cotidianas de pessoas com limitações físico-motoras, ma fala e/ou sensoriais. Por fim, o capítulo V traz os principais conhecimentos necessários para acessibilizar um site a todos os usuários.
Segundo a Assessora de Ações Inclusivas e organizadora do livro, Andréa Poletto Sonza, esse livro materializa as ações de pesquisa e produções do Projeto de Acessibilidade Virtual (Núcleos do IFRS, IFCE e IFBaiano) e do NAPNE de Bento Gonçalves. Um trabalho colaborativo que certamente abrirá espaço para outras produções no contexto das ações dos referidos núcleos.
O livro, que faz parte da série de publicações “Novos Autores da EPT”, produzidos pela SETEC/MEC, será distribuído gratuitamente para as escolas, bibliotecas e universidades do país. Além disso, a versão digitalestá disponível para download.
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Investimento privado terá dedução fiscal

16/05/2013
Empresas e pessoas físicas poderão abater de seu Imposto de Renda aportes feitos nas duas áreas, beneficiando entidades sem fins lucrativos e expandindo serviços na rede pública



Pessoas físicas e jurídicas poderão se beneficiar de deduções fiscais desde que contribuam com doações de recursos para o desenvolvimento de ações de prevenção e combate ao câncer e de reabilitação da pessoa com deficiências físicas, motoras, auditivas, visuais, mentais, intelectuais, múltiplas e de autismo. A iniciativa do Ministério da Saúde vai estimular a ampliação dos serviços de saúde prestados à população e a pesquisa científica na área oncológica e integra os Programas Nacionais de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) e o de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD).

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou que os programas irão ampliar as possibilidades de novas fontes de financiamento nas áreas de oncologia e pessoas com deficiência, garantindo uma cobertura adequada e atendimento de qualidade para todos os cidadãos. “Além de contribuir para humanizar o atendimento, será um grande incentivo para a área de pesquisa clínica de câncer, campo que o Brasil irá fortalecer cada vez mais”, completou. “A regulamentação dessa Lei reforça que o investimento no tratamento do câncer é prioridade, assim como o atendimento da pessoa com deficiência, uma vez que estamos permitindo a ampliação e a qualificação de projetos e pesquisas que estimulem a inovação tecnológica também nesta área”, concluiu.

Entidades sem fins lucrativos serão apoiados com os recursos captados por meio dos programas que vão beneficiar serviços médicos, de formação, treinamento e aperfeiçoamento de profissionais, além da realização de pesquisas clínicas, epidemiológicas e experimentais. Para fins de dedução, os doadores poderão abater até um por cento do Imposto de Renda devido com relação ao Pronon e ao Pronas/PCD.

O Ministério da Saúde já definiu – dentro do Pronon - as áreas prioritárias para a execução das ações e serviços de atenção oncológica e inclui a realização de pesquisas em busca de inovações para o diagnóstico da doença, desenvolvimento de tecnologias e produtos para prevenção e tratamento de câncer, entre outros.

Já no Pronas/PCD o foco é a prevenção e a reabilitação da pessoa com deficiência. Entre as ações de destaque estão a prestação de serviços de apoio à saúde vinculados a adaptação, inserção e reinserção da pessoa com deficiência no trabalho, prática esportiva, diagnóstico diferencial de doenças neurodegenerativas, neuromusculares e degenerativa genéticas, e realização de pesquisas clínicas e de inovação na reabilitação de deficiências.

INSERÇÃO – Para participar dos programas, as instituições interessadas precisam se credenciar junto ao Ministério da Saúde e apresentar suas propostas com a identificação do que será executado. Cada um deverá conter informações como capacidade técnico-operativa da instituição para execução do projeto, ações e serviços a serem utilizados, estimativa de recursos financeiros e físicos que vão ser empregados, o período de execução, entre outros itens.

As propostas serão submetidas à análise e, se aprovadas, as instituições receberão autorização para captação dos recursos junto a empresas e pessoas físicas.

Os projetos contemplados terão o desenvolvimento acompanhado e avaliado pelo Ministério da Saúde. Serão instituídos Comitês Gestores do Pronon e do Pronas/PCD, compostos por representantes do Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde e Conselho Nacional de Saúde. Caberá aos comitês reavaliar a definição das áreas prioritárias para execução das ações e serviços de atenção oncológica e reabilitação, deliberar sobre os projetos aprovados, definir parâmetros para aprovação, acompanhar a prestação de contas, avaliar os resultados da execução das ações e, ainda, definir a sistemática de monitoramento e avaliação. Em caso de execução de má qualidade ou de inexecução dos projetos, o Ministério da Saúde poderá inabilitar, por até três anos, a instituição, além de outras responsabilizações cabíveis.

DOAÇÕES – As doações poderão ser feitas por diferentes meios, seja através de transferência de recursos financeiros, comodato ou cessão de uso de bens móveis ou equipamentos, material de consumo, hospitalar ou clínico, de medicamentos ou produtos de alimentação. Os recursos financeiros captados para execução no âmbito do Pronon e do Pronas/PCD serão depositados em conta bancária bloqueada, e geridos em conta de livre movimentação, ambas destinadas especificamente para o projeto.

Por Amanda Costa, da (61) 3315-3580/ 3315 3989

Fonte: Agência Saúde – ASCOM/MS

RETIRANDO GORDURA E MELHORANDO A VIDA.


SENADO FEDERAL
Secretaria-Geral da Mesa
Acompanhamento de Matérias

As seguintes matérias de seu interesse sofreram ações em: 20/05/2013


Ementa: Dispõe sobre a concessão de aposentadoria especial à pessoa com deficiência filiada ao Regime Geral de Previdência Social....
20/05/2013 SARQ - Secretaria de Arquivo
PROCESSO ARQUIVADO.
TOTAL: 1

PLC - PROJETO DE LEI DA CÂMARA, Nº 40 de 2010  - Complementar
 
Autor:DEPUTADO - Leonardo Mattos
  Ver imagem das assinaturas   Download do documento em PDF
Ementa:Dispõe sobre a concessão de aposentadoria especial à pessoa com deficiência filiada ao Regime Geral de Previdência Social.
Explicação da ementa:
Assunto:Social - Direitos humanos e minorias
Data de apresentação:30/04/2010
Situação atual:
Local: 
20/05/2013 - Secretaria de Arquivo

Situação: 
09/05/2013 - TRANSFORMADA EM NORMA JURÍDICA
Matérias relacionadas:RQS - REQUERIMENTO 73 de 2011 (Senador Romero Jucá)
RQS - REQUERIMENTO 214 de 2012 (Comissão de Assuntos Econômicos (SF))
Outros números:
Origem no Legislativo:
CD  PLP  00277 / 2005


Norma jurídica gerada: 
Indexação da matéria:
Indexação: REGULAMENTAÇÃO, CONSTITUIÇÃO FEDERAL, CRITÉRIOS, CONCESSÃO, APOSENTADORIA ESPECIAL, SEGURADO, REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA, REDUÇÃO, IDADE, TEMPO, CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA, SOLICITAÇÃO, ÓRGÃO PÚBLICO, (INSS), REALIZAÇÃO, PERÍCIA MÉDICA, EMISSÃO, CERTIDÃO, ATESTADO MÉDICO.
Observações: (REDUZ A IDADE E O TEMPO DE SERVIÇO DO SEGURADO DO REGIME DE PREVIDÊNCIA SOCIAL PORTADOR DE DEFICIÊNCIA, LEVANDO EM CONTA O GRAU DE DEFICIÊNCIA. REGULAMENTA A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988).
 

segunda-feira, 20 de maio de 2013

POLÍTICOS SEM MORDOMIA...E AQUI É TUDO LIBERADO E NÓS É QUEM PAGAMOS A ENORME CONTA


Previdência Social

GESTÃO: INSS contrata mais 34 médicos peritos para reforçar o atendimento em Rondônia 
Com esse reforço etima-se um prazo de quatro meses para a agenda da perícia médica se normalizar em Rondônia
17/05/2013 - 14:33:00


Da Redação (Brasília)- O superintendente Regional do INSS para as Regiões Norte/ Centro-Oeste, André Paulo Felix Fidelis, anunciou em Porto Velho, nesta sexta-feira (17), a destinação de 34 peritos médicos para o atendimento em Rondônia. O número representa um acréscimo de 162% no número de profissionais que trabalham atualmente nas Agências da Previdência Social (APS) do estado. Clique aqui para ler o edital para o credencimento temporário de médicos para realização de perícia médica no estado.

A medida busca sanar os problemas enfrentados pelo INSS em Rondônia, em virtude da aposentadoria de grande número de peritos médicos e do pedido de demissão de outros profissionais. O atual efetivo de peritos médicos do estado, composto de 21 profissionais, é capaz de realizar em média 3.100 perícias por mês. No entanto, a demanda estimada supera os 4,5 mil atendimentos e há mais ou menos 13 mil requerimentos em espera.

Além disso, a disponibilidade de peritos está concentrada na capital. Com isso, o INSS de Rondônia possui, no interior do estado, nove agências sem peritos médicos para atender à população. Mesmo com a oferta de vagas, o Instituto tem dificuldade de obter candidatos para essas localidades.

André Fidelis explicou que, das 34 vagas de médicos peritos, 12 serão nomeados definitivamente, na condição de servidores efetivos, oriundos do último concurso público ainda em vigor. Outros 22 profissionais serão credenciados e trabalharão de forma temporária e emergencial, até que se realize um novo concurso público para o preenchimento de mais vagas efetivas.

Segundo o superintendente, quando esses profissionais estiverem plenamente aptos, após terem passado por capacitações e se adaptado aos sistemas utilizados no INSS, eles poderão chegar a uma produtividade estimada em 11.200 perícias médicas por mês.

Além disso, segundo o superintendente, o INSS vai continuar deslocando peritos médicos para Rondônia, vindos de outras 16 Gerências-Executivas que compõem a Superintendência Regional Norte/Centro-Oeste (SR-V). O empréstimo de profissionais de outros estados para Rondônia já está sendo feito, de forma alternada, há quatro meses. Nesse período, os médicos emprestados realizaram 1.300 perícias médicas.

A gerente-executiva do INSS em Porto Velho(RO), Márcia Cristina Pinto, disse que a destinação desses médicos peritos para Rondônia vai representar um grande alívio para a condução dos trabalhos no estado. Porém é preciso manter a tranqüilidade. Márcia explicou que o primeiro esforço será no sentido de preencher todas as vagas, pois existe a dificuldade de se conseguir profissionais, especialmente para o interior do Estado.

A gerente acredita que, vencida essa primeira etapa, e tendo o INSS conseguido preencher todas as vagas, o atendimento voltará aos patamares desejáveis, de15 a 20 dias de espera, nos próximos quatro meses. “Considerando a capacidade operacional atual e as atividades obrigatórias da área de perícia médica, seria necessário em torno de quatro meses para ajustar a demanda com a capacidade de atendimento, desde que, todos os 22 credenciados iniciem atividade no mesmo tempo e mesmo ritmo” finalizou.

Informações para a imprensa
Verônica Assumpção
(61) 3319-2553
Ascom/MPS

domingo, 19 de maio de 2013


REPASSANDO:

Clínica Casali
Endereço: Av. Nonoai, 288 - Nonoai, Porto Alegre - RS, 91720-000
Telefone:(51) 3249-2812
Horário:
 
Fechado no dia de Domingo.  -  Ver tudo


Olá caro amigo .  Fico de olho no governo. Nunca se sabe o que eles vão inventar. Veja só , na minha área, querem importar médicos ???  Mas isso é dourar a pilula. Trazer os médicos, sem exame de revalidação ??? Sem dar bons salários e condições de infra estrutura ? E tem mais. As prefeituras do interior, quando contratam é por valores baixíssimos, e sem garantias trabalhistas. Quando abrem concurso, não informam no edital, o quanto vão pagar. Conclusão, não preenchem as vagas. Aí dizem, """Viram ? Faltam médicos""". Mentira.  Também hoje em dia, as prefeituras terceirizam os contratos de serviços médicos através das tais """Cooperativas"""". Assim não mentém qualquer vínculo. Que se dane o médico. E, quanto  ao governo permitir a abertura de faculdades de medicina, em qualquer canto, e sem a condições adequadas de ensino.  Algumas prefeituras oferecem em torno de 3.000 reais para o médico fazer 40 horas, e morar. É pouco, muito pouco.  Bem aprendi como meu pai que devemos sempre estar atentos aos passos dos governos. Sempre tem alguém deles , pensando em como conseguir mais lucro para o governo. Um grande abraço , saúde e obrigado. Bom seria se repassassem adiante, pois quantos mais souberem da realidade por de trás , nos bastidores, melhor para todos. Em seguida enviarei vídeo do presidente do sindicato explicando a situação. 

sexta-feira, 17 de maio de 2013


SENADO FEDERAL
Secretaria-Geral da Mesa
Acompanhamento de Matérias

As seguintes matérias de seu interesse sofreram ações em: 16/05/2013


Ementa: Dispõe sobre a concessão de aposentadoria especial à pessoa com deficiência filiada ao Regime Geral de Previdência Social....
16/05/2013 SEXP - SECRETARIA DE EXPEDIENTE
À SSCLSF, atendendo solicitação.
16/05/2013 ATA-PLEN - SUBSECRETARIA DE ATA - PLENÁRIO
A Presidência comunica ao Plenário que o Senado Federal recebeu o Ofício nº 142, de 2013, do Primeiro-Secretário da Câmara dos Deputados, encaminhando autógrafo do presente projeto, sancionado e convertido na Lei Complementar nº 142, de 2013.
16/05/2013 SSCLSF - SUBSEC. COORDENAÇÃO LEGISLATIVA DO SENADO
Recebido neste Órgão, às 16h50. Encaminhado ao Plenário.
TOTAL: 1


PLC - PROJETO DE LEI DA CÂMARA, Nº 40 de 2010  - Complementar
Autor:DEPUTADO - Leonardo Mattos
  Ver imagem das assinaturas   Download do documento em PDF
Ementa:Dispõe sobre a concessão de aposentadoria especial à pessoa com deficiência filiada ao Regime Geral de Previdência Social.
Explicação da ementa:
Concessão de aposentadoria especial à pessoa com deficiência filiada ao Regime Geral da Previdência Social, submetida a condições próprias de tempo de contribuição ou de idade, conforme o caso; critérios de cálculo para definição da renda mensal da aposentadoria devida ao segurado com deficiência; definição de pessoa com deficiência para os fins da lei.
Assunto:Social - Direitos humanos e minorias
Data de apresentação:30/04/2010
Situação atual:
Local: 
16/05/2013 - SUBSECRETARIA DE ATA - PLENÁRIO

Situação: 
09/05/2013 - TRANSFORMADA EM NORMA JURÍDICA
Matérias relacionadas:RQS - REQUERIMENTO 73 de 2011 (Senador Romero Jucá)
RQS - REQUERIMENTO 214 de 2012 (Comissão de Assuntos Econômicos (SF))
Outros números:
Origem no Legislativo:
CD  PLP  00277 / 2005


Norma jurídica gerada: 
Indexação da matéria:
Indexação: REGULAMENTAÇÃO, CONSTITUIÇÃO FEDERAL, CRITÉRIOS, CONCESSÃO, APOSENTADORIA ESPECIAL, SEGURADO, REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA, REDUÇÃO, IDADE, TEMPO, CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA, SOLICITAÇÃO, ÓRGÃO PÚBLICO, (INSS), REALIZAÇÃO, PERÍCIA MÉDICA, EMISSÃO, CERTIDÃO, ATESTADO MÉDICO.
Observações: (REDUZ A IDADE E O TEMPO DE SERVIÇO DO SEGURADO DO REGIME DE PREVIDÊNCIA SOCIAL PORTADOR DE DEFICIÊNCIA, LEVANDO EM CONTA O GRAU DE DEFICIÊNCIA. REGULAMENTA A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988).

quarta-feira, 15 de maio de 2013


Reprodução: Youtube

LFC – A cadeira de rodas que está mudando vidas

Publicado em: 13/05/2013 01:21 
Por: Os Otimistas
Leveraged Freedom Chair (LFC) é uma cadeira de rodas projetada para ser mais rápida e capaz de circular em terrenos acidentados.
LFC foi inventada por Amos Winter, membro do departamento de engenharia mecânica doMIT - Massachusetts Institute of Technology, e possui duas alavancas, as quais o cadeirante impulsiona para frente para movimentar a cadeira. Quanto mais embaixo segurar nas alavancas, maior a velocidade, enquanto que, se segurado na parte superior, é possível se locomover em terrenos mais acidentados.
Além disso, a Leveraged Freedom Chair é construída com peças de bicicleta, o que facilita sua manutenção. O projeto foi elaborado com a participação direta de cadeirantes.
Confira o vídeo!

Logotipo da FADERSBrasão da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos


Menino autista gênio da física cotado para um dia levar Nobel

14/05/2013
Aos 2 anos, médicos diziam que ele teria dificuldades para aprender a ler.
Nove anos depois, americano Jacob Barnett entrava na universidade.

Da BBC


Jacob falava pouco, mas estava constantemente pensando em padrões matemáticos (Foto: BBC)

Aos dois anos de idade, o jovem americano Jacob Barnett foi diagnosticado com autismo, e o prognóstico era ruim: especialistas diziam a sua mãe que ele provavelmente não conseguiria aprender a ler ou sequer a amarrar seus sapatos.

Mas Jacob acabou indo muito além. Aos 14 anos, o adolescente estuda para obter seu mestrado em física quântica, e seus trabalhos em astrofísica foram vistos por um acadêmico da Universidade de Princeton como potenciais ganhadores de futuros prêmios Nobel.

O caminho trilhado, no entanto, nem sempre foi fácil. Kristine Barnett, mãe de Jacob, diz à BBC que, quando criança, ele quase não falava e ela tinha muitas dúvidas sobre a melhor forma de educá-lo.

"(Após ser diagnosticado), Jacob foi colocado em um programa especial (de aprendizagem). Com quase 4 anos de idade, ele fazia horas de terapia para tentar desenvolver suas habilidades e voltar a falar", relembra.

"Mas percebi que, fora da terapia, ele fazia coisas extraordinárias. Criava mapas no chão da sala, com cotonetes, de lugares em que havíamos estado. Recitava o alfabeto de trás para frente e falava quatro línguas".

Jacob diz ter poucas memórias dessa época, mas acha que o que estava representando com tudo isso eram padrões matemáticos. 'Para mim, eram pequenos padrões interessantes.'

Estrelas
Certa vez, Kristine levou Jacob para um passeio no campo, e os dois deitaram no capô do carro para observar as estrelas. Foi um momento impactante para ele.

Meses depois, em uma visita a um planetário local, um professor perguntou à plateia coisas relacionadas a tamanhos de planetas e às luas que gravitavam ao redor. Para a surpresa de Kristine, o pequeno Jacob, com 4 anos incompletos, levantou a mão para responder. Foi quando teve certeza de que seu filho tinha uma inteligência fora do comum.

Alguns especialistas dizem, hoje, que o QI do jovem é superior ao de Albert Einstein.

Jacob começou a desenvolver teorias sobre astrofísica aos 9 anos. No livro The Spark (A Faísca, em tradução livre), que narra a história de Jacob, ela conta que buscou aconselhamento de um famoso astrofísico do Instituto de Estudos Avançados de Princeton, que disse a ela que as teorias do filho eram não apenas originais como também poderiam colocá-lo na fila por um prêmio Nobel.

Dois anos depois, quando Jacob estava com 11 anos, ele entrou na universidade, onde faz pesquisas avançadas em física quântica.

Questionada pela BBC que conselhos daria a pais de crianças autistas - considerando que nem todas serão especialistas em física quântica -, Kristine diz acreditar que "toda criança tem algum dom especial, a despeito de suas diferenças".

"No caso de Jacob, precisamos encontrar isso e nos sintonizar nisso. (O que sugiro) é cercar as crianças de coisas que elas gostem, seja isso artes ou música, por exemplo".

Fonte: G1 Mundo
Logotipo da FADERSBrasão da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos


Campanha Viver sem Limite - Video institucional - Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

29/11/2011






Fonte: Café com a Presidente


terça-feira, 14 de maio de 2013

REPASSANDO DO FACEBOOK

Desabafo de um colega médico. Copiei e colei com sua autorização:

"Escrevi esse desabafo há pouco, no mural de mais um amigo que resolveu descascar os médicos no seu perfil do facebook, em virtude desse debate sobre a importação de médicos cubanos... Deixei no meu perfil pra que aqueles que não são da área possam botar um pouco a mão na consciência... Vou substituir o nome do cara do início do texto, o resto vai na íntegra:
"Fulaninho, eu sou membro dessa categoria que você, com extrema classe, disse não respeitar. Discordo veementemente do modo esquerdista de ver o mundo, mas tento não deixar isso influenciar em qualquer conversa, e não pretendo fazer isso agora, mas peço que reflita sobre o que vou dizer.
Não acredito que os médicos cubanos sejam solução. Nem os espanhóis, nem portugueses, nem americanos, suíços, ou até mesmo brasileiros, extra-terrestres ou os mais belos anjos. O problema é estrutura. Digo isso com conhecimento de causa, visto que eu trabalho e trabalhei no SUS nos últimos 4 anos em que estive formado. De que adiantará um médico em qualquer localidade que seja, quando não se possui o MÍNIMO para trabalhar? Medicina é mais que estetoscópio e conversa. É saneamento básico, é educação, é leito hospitalar, é exame laboratorial, é ultrassonografia, é tomografia, ressonância, é UTI, centro cirúrgico, é fisioterapia pós-operatória... dentre outros. Eu já trabalhei em vários interiores, mesmo sendo membro dessa categoria "corporativista e de reserva de mercado" (em suas palavras). O meu primeiro paciente, o primeiro que eu vi na minha frente como médico, em uma USF a 400 km de Recife, possuía um quadro de icterícia obstrutiva, e estava ali, na minha frente, com dor e amarelo da cabeça aos pés. A conduta correta seria interná-lo pra investigar o que estava acontecendo. Falo com a minha enfermeira, ela diz que isso não é possível. Não havia leitos para alocá-lo, muito menos exames a serem realizados. Medicação no posto? Paracetamol. O tylenol que você toma. Consegui, a duras penas, pedindo favor pra amigo residente na capital e transporte de CARONA, levar o pobre coitado pra Recife, onde foi realizada uma tomografia que constatou um tumor de pâncreas. Eu gostaria de saber o que o colega cubano, em locais mais inóspitos ainda, poderia ter feito. Porque nem medicação pra deixar o cara confortável em casa dava pra arrumar. E você se vira nos 30, tentando, de alguma forma, ajudar o cara, e ainda morrendo de medo de levar um processo nas costas, porque ninguém quer saber se você tinha ou não condições de trabalho. Tem que fazer feito o Harry Potter e fazer as coisas acontecerem em passe de mágica. Isso foi UM paciente. Na mesma manhã, atendi mais 19. Doente no interior não tem só hipertensão e diabetes. E mesmo quando o problema são as doenças mais básicas, elas complicam. Acidente vascular encefálico, pé diabético, crise hiperosmolar, infarto agudo do miocárdio... nada disso vai ser resolvido com "tome este comprimido duas vezes ao dia e retorne em duas semanas". 
Gostaria também de salientar que não são fornecidas, na grande maioria, as mínimas condições para que se realize um atendimento de qualidade. Dos diversos empregos que tive (mudei de alguns, porque levei CALOTE de prefeitura), em apenas UM eu tinha consultório, com uma porta e uma maca, que dava pra examinar alguém decentemente. Em TODOS OS OUTROS, trabalhei atendendo gente em varanda de casa (com dois cachorros que viviam puxando a barra da minha calça no meio do atendimento - muito divertido, queriam brincar, mas eu tinha que trabalhar), sala de aula em escola (dividindo o momento de atendimento médico, confidencial e sigiloso, com a turminha aprendendo o ABC), e até mesmo uma DESPENSA de um 1,5 metro quadrado, em que só cabia eu mesmo, sentado numa cadeirinha no escuro, escutando o coitado do paciente, de pé, na porta. Vale relatar que todas essas referências que fiz quantos aos meus "consultórios" referem-se a cidades a não mais do que 100 km de distância de Natal. Quiçá outras localidades. Pra conseguir exame de sangue? 2, 3 semanas de atraso. Ultrassonografia? Vixe, um mês. Tomo? Ressonância? Mais fácil acabar a seca no sertão. Por melhores que sejam as intenções da atuação na medicina preventiva, caro Daniel, pessoas adoecem. Câncer acontece. Infarto também. Fratura. Pneumonia. Crise asmática. Pé diabético, AVE, parto complicado, pré-eclâmpsia.
Plantões de emergência em interior? Tente realizar uma reanimação de parada cardíaca, quando você sabe o que fazer, e o monitor dos dois desfibriladores não funciona. Ou então transferir um paciente com um acidente vascular encefálico hemorrágico, entubado, em uma ambulância que nada mais é que uma FIORINO, passando três horas debruçado em cima dele, fazendo a ventilação mecânica e balançando de um lado pra outro na "caçamba" da "ambulância". Sabe o que aconteceu com o pobre coitado? Faleceu... Porque quando chegou na unidade de referência, havia mais 8 pacientes com quadro similar, ou piores no hospital de referência, e não existiam meios para fornecer o tratamento necessário àquele doente. E você faz tudo isso, passa horas tentando salvar o cara, pra saber que o sistema não te ajuda. E no fim de tudo, ainda arrisca levar um processo que vai te custar até as calças, porque a família não quer saber de nada disso. Só quer a compensação. Cada doente que eu atendo em condições inóspitas para a prática da minha profissão, é um risco que eu corro. CADA UM. Se eu deixar de diagnosticar qualquer coisa, a culpa é minha. É erro médico. E vocês, que estão do outro lado, não querem saber de nada, só querem enfiar a porrada. Manda um engenheiro projetar um prédio de 50 andares com um lápis e uma régua, sem transferidor. E fala pra ele que os tubos não podem ser Tigre. Que a fiação elétrica não pode ser aterrada. Que faltou dinheiro pra comprar a argamassa e ele vai ter que se virar com barro. E pergunta pra ele se ele quer trabalhar assim. 
Os cubanos, pelos dados veiculados pelo governo cubano, atuam na medicina preventiva de forma adequada. Mas quer saber? O brasileiro também sabe medicina preventiva. Eu paguei várias cadeiras na faculdade sobre isso, e até que estudei direitinho! O que falta não é o médico. É saneamento. É educação. É orientação alimentar. É alimento de forma geral. É água. Profissionais nós temos de sobra, todos em situações empregatícias aberrantes, não sendo regidos por CLT, e que adorariam um plano de carreira nos moldes do judiciário, pra ter estabilidade de vínculo empregatício! 
Em qualquer país que não possua um acordo de revalidação de diplomas entre suas instituições de ensino, é pré-requisito para a prática responsável a comprovação de que o profissional esteja APTO a praticar aquela função no país que pretenda residir. Isso não é exclusivo aos cubanos, é pra QUALQUER médico que queira praticar a medicina no Brasil, seja formado na ELAM ou em Harvard. Quem fiscaliza a minha profissão e julga o erro médico é o Conselho de Medicina, federal e regional. Se os cubanos que vierem não forem regidos pelos conselhos, quem irá fiscalizá-los? 
Tento ver com alguma inocência os argumentos que a sociedade profere quando chama minha categoria de "mercenários" e outros adjetivos piores ainda, porque sei que é a mesma coisa de chamar todo político de "ladrão". É generalização por uma figura folclórica.
O raciocínio me foge um pouco, mas pra terminar, visto que é tanta coisa que fica difícil colocar em palavras, convido você, e quem você quiser trazer, a passar um mês me acompanhando e a outros colegas médicos que trabalham no SUS. A gente não precisa ficar só nos locais que trabalhamos não, visto que eu estou abandonando os meus plantões públicos remunerados (em que atendo em média 60 doentes ortopédicos - o limite pela OMS é 36. A grande maioria com queixa ambulatoriais, exigindo atestados, que deveriam ser resolvidos na USF, mas procuram a emergência e a deixam congestionada por pura falta de educação e não saber pra q se presta uma emergência hospitalar). Quando tiver em Natal, posso te levar pra conhecer os locais que eu trabalhei no interior, pra que você possa perceber o motivo pelo qual o médico brasileiro não "interioriza" (falta de equipamento, laboratório, ferramenta diagnóstica, falta de vínculo empregatício, calote, processo, AMEAÇA DE MORTE - já sofri duas, nas quais o cidadão poderia ter me matado sem problema nenhum... não existia segurança no local) e tirar suas próprias conclusões. Se o problema da fome fosse cozinheira, a gente importava 6000 de Cuba também. Se o problema da educação fosse professor, trazia mais 6000 de lá. Se o problema da política são os políticos, posso importar 6000 de onde eu quiser?
Um abraço""
Desabafo de um colega médico. Copiei e colei com sua autorização:

"Escrevi esse desabafo há pouco, no mural de mais um amigo que resolveu descascar os médicos no seu perfil do facebook, em virtude desse debate sobre a importação de médicos cubanos... Deixei no meu perfil pra que aqueles que não são da área possam botar um pouco a mão na consciência... Vou substituir o nome do cara do início do texto, o resto vai na íntegra:
"Fulaninho, eu sou membro dessa categoria que você, com extrema classe, disse não respeitar. Discordo veementemente do modo esquerdista de ver o mundo, mas tento não deixar isso influenciar em qualquer conversa, e não pretendo fazer isso agora, mas peço que reflita sobre o que vou dizer.
Não acredito que os médicos cubanos sejam solução. Nem os espanhóis, nem portugueses, nem americanos, suíços, ou até mesmo brasileiros, extra-terrestres ou os mais belos anjos. O problema é estrutura. Digo isso com conhecimento de causa, visto que eu trabalho e trabalhei no SUS nos últimos 4 anos em que estive formado. De que adiantará um médico em qualquer localidade que seja, quando não se possui o MÍNIMO para trabalhar? Medicina é mais que estetoscópio e conversa. É saneamento básico, é educação, é leito hospitalar, é exame laboratorial, é ultrassonografia, é tomografia, ressonância, é UTI, centro cirúrgico, é fisioterapia pós-operatória... dentre outros. Eu já trabalhei em vários interiores, mesmo sendo membro dessa categoria "corporativista e de reserva de mercado" (em suas palavras). O meu primeiro paciente, o primeiro que eu vi na minha frente como médico, em uma USF a 400 km de Recife, possuía um quadro de icterícia obstrutiva, e estava ali, na minha frente, com dor e amarelo da cabeça aos pés. A conduta correta seria interná-lo pra investigar o que estava acontecendo. Falo com a minha enfermeira, ela diz que isso não é possível. Não havia leitos para alocá-lo, muito menos exames a serem realizados. Medicação no posto? Paracetamol. O tylenol que você toma. Consegui, a duras penas, pedindo favor pra amigo residente na capital e transporte de CARONA, levar o pobre coitado pra Recife, onde foi realizada uma tomografia que constatou um tumor de pâncreas. Eu gostaria de saber o que o colega cubano, em locais mais inóspitos ainda, poderia ter feito. Porque nem medicação pra deixar o cara confortável em casa dava pra arrumar. E você se vira nos 30, tentando, de alguma forma, ajudar o cara, e ainda morrendo de medo de levar um processo nas costas, porque ninguém quer saber se você tinha ou não condições de trabalho. Tem que fazer feito o Harry Potter e fazer as coisas acontecerem em passe de mágica. Isso foi UM paciente. Na mesma manhã, atendi mais 19. Doente no interior não tem só hipertensão e diabetes. E mesmo quando o problema são as doenças mais básicas, elas complicam. Acidente vascular encefálico, pé diabético, crise hiperosmolar, infarto agudo do miocárdio... nada disso vai ser resolvido com "tome este comprimido duas vezes ao dia e retorne em duas semanas".
Gostaria também de salientar que não são fornecidas, na grande maioria, as mínimas condições para que se realize um atendimento de qualidade. Dos diversos empregos que tive (mudei de alguns, porque levei CALOTE de prefeitura), em apenas UM eu tinha consultório, com uma porta e uma maca, que dava pra examinar alguém decentemente. Em TODOS OS OUTROS, trabalhei atendendo gente em varanda de casa (com dois cachorros que viviam puxando a barra da minha calça no meio do atendimento - muito divertido, queriam brincar, mas eu tinha que trabalhar), sala de aula em escola (dividindo o momento de atendimento médico, confidencial e sigiloso, com a turminha aprendendo o ABC), e até mesmo uma DESPENSA de um 1,5 metro quadrado, em que só cabia eu mesmo, sentado numa cadeirinha no escuro, escutando o coitado do paciente, de pé, na porta. Vale relatar que todas essas referências que fiz quantos aos meus "consultórios" referem-se a cidades a não mais do que 100 km de distância de Natal. Quiçá outras localidades. Pra conseguir exame de sangue? 2, 3 semanas de atraso. Ultrassonografia? Vixe, um mês. Tomo? Ressonância? Mais fácil acabar a seca no sertão. Por melhores que sejam as intenções da atuação na medicina preventiva, caro Daniel, pessoas adoecem. Câncer acontece. Infarto também. Fratura. Pneumonia. Crise asmática. Pé diabético, AVE, parto complicado, pré-eclâmpsia.
Plantões de emergência em interior? Tente realizar uma reanimação de parada cardíaca, quando você sabe o que fazer, e o monitor dos dois desfibriladores não funciona. Ou então transferir um paciente com um acidente vascular encefálico hemorrágico, entubado, em uma ambulância que nada mais é que uma FIORINO, passando três horas debruçado em cima dele, fazendo a ventilação mecânica e balançando de um lado pra outro na "caçamba" da "ambulância". Sabe o que aconteceu com o pobre coitado? Faleceu... Porque quando chegou na unidade de referência, havia mais 8 pacientes com quadro similar, ou piores no hospital de referência, e não existiam meios para fornecer o tratamento necessário àquele doente. E você faz tudo isso, passa horas tentando salvar o cara, pra saber que o sistema não te ajuda. E no fim de tudo, ainda arrisca levar um processo que vai te custar até as calças, porque a família não quer saber de nada disso. Só quer a compensação. Cada doente que eu atendo em condições inóspitas para a prática da minha profissão, é um risco que eu corro. CADA UM. Se eu deixar de diagnosticar qualquer coisa, a culpa é minha. É erro médico. E vocês, que estão do outro lado, não querem saber de nada, só querem enfiar a porrada. Manda um engenheiro projetar um prédio de 50 andares com um lápis e uma régua, sem transferidor. E fala pra ele que os tubos não podem ser Tigre. Que a fiação elétrica não pode ser aterrada. Que faltou dinheiro pra comprar a argamassa e ele vai ter que se virar com barro. E pergunta pra ele se ele quer trabalhar assim.
Os cubanos, pelos dados veiculados pelo governo cubano, atuam na medicina preventiva de forma adequada. Mas quer saber? O brasileiro também sabe medicina preventiva. Eu paguei várias cadeiras na faculdade sobre isso, e até que estudei direitinho! O que falta não é o médico. É saneamento. É educação. É orientação alimentar. É alimento de forma geral. É água. Profissionais nós temos de sobra, todos em situações empregatícias aberrantes, não sendo regidos por CLT, e que adorariam um plano de carreira nos moldes do judiciário, pra ter estabilidade de vínculo empregatício!
Em qualquer país que não possua um acordo de revalidação de diplomas entre suas instituições de ensino, é pré-requisito para a prática responsável a comprovação de que o profissional esteja APTO a praticar aquela função no país que pretenda residir. Isso não é exclusivo aos cubanos, é pra QUALQUER médico que queira praticar a medicina no Brasil, seja formado na ELAM ou em Harvard. Quem fiscaliza a minha profissão e julga o erro médico é o Conselho de Medicina, federal e regional. Se os cubanos que vierem não forem regidos pelos conselhos, quem irá fiscalizá-los?
Tento ver com alguma inocência os argumentos que a sociedade profere quando chama minha categoria de "mercenários" e outros adjetivos piores ainda, porque sei que é a mesma coisa de chamar todo político de "ladrão". É generalização por uma figura folclórica.
O raciocínio me foge um pouco, mas pra terminar, visto que é tanta coisa que fica difícil colocar em palavras, convido você, e quem você quiser trazer, a passar um mês me acompanhando e a outros colegas médicos que trabalham no SUS. A gente não precisa ficar só nos locais que trabalhamos não, visto que eu estou abandonando os meus plantões públicos remunerados (em que atendo em média 60 doentes ortopédicos - o limite pela OMS é 36. A grande maioria com queixa ambulatoriais, exigindo atestados, que deveriam ser resolvidos na USF, mas procuram a emergência e a deixam congestionada por pura falta de educação e não saber pra q se presta uma emergência hospitalar). Quando tiver em Natal, posso te levar pra conhecer os locais que eu trabalhei no interior, pra que você possa perceber o motivo pelo qual o médico brasileiro não "interioriza" (falta de equipamento, laboratório, ferramenta diagnóstica, falta de vínculo empregatício, calote, processo, AMEAÇA DE MORTE - já sofri duas, nas quais o cidadão poderia ter me matado sem problema nenhum... não existia segurança no local) e tirar suas próprias conclusões. Se o problema da fome fosse cozinheira, a gente importava 6000 de Cuba também. Se o problema da educação fosse professor, trazia mais 6000 de lá. Se o problema da política são os políticos, posso importar 6000 de onde eu quiser?
Um abraço""

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