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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Viram essa? Viatura da EPTC é flagrada em vaga de deficiente: http://zhora.co/18L3uvN


PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR:
QUAL O MOTIVO DOS AGENTES DE TRANSITO TEREM ESTACIONADO NA VAGA PARA DEFICIENTES? ONDE ESTÁ A LEI?
FORAM MULTADOS?
RECEBERAM ADVERTENCIA ?

terça-feira, 19 de novembro de 2013

A autópsia de um ASSASSINO chamado cigarro.


(FOTO: Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, trabalho que tem desenvolvido na cidade Vila Real) 

Hoje foi assim em Lisboa, Cadeiras de Rodas a OCUPAREM LUGARES DE ESTACIONAMENTO, numa das Ruas mais movimentadas da Cidade de Lisboa... Objectivo principal desta iniciativa foi sensibilizar os Cidadãos de não ocuparem os Lugares destinados para deficientes... Iniciativas destas são mesmo de salutar, até porque, "NÓS SÓ FOMOS ALI E NÃO DEMORAMOS NADA" 


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Pulmão de aço

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Pulmão de aço. Durante a década de 1950, os pacientes paralisados pelo vírus dapoliomielite dependiam de dispositivos como este para respirar.
Um pulmão de aço ou ventilador de pressão negativa é um tipo de ventilador que permite a uma pessoa respirar em caso de paralisia dos músculos da respiração ou quando o esforço necessário para a respiração excede a capacidade dessa pessoa.1 A ventilação por pressão negativa foi praticamente substituída por meios de ventilação de pressão positivaintubação ou ventilação bifásica.

Método[editar]

O ser humano, tal como a maior parte dos animais, respira através de pressão negativa:2 a caixa torácica expande-se e o diafragmacontrai-se, alargando a cavidade torácica. Isto faz com que a pressão do ar no interior dos pulmões diminua para valores inferiores ao da atmosfera, fazendo com que o ar circule para o seu interior (inalação). Quando o diafragma relaxa, dá-se a situação inversa (exalação). Quando determinada pessoa perde total ou parcialmente a capacidade de controlar os músculos envolvidos no processo, a respiração torna-se difícil ou impossível.
Num pulmão de aço, o paciente é colocado numa câmara central cilíndrica em aço, selada por uma porta que permite o movimento da cabeça e pescoço. Existem bombas que controlam a circulação de ar que periodicamente aumentam e diminuem a pressão do ar no interior da câmara. Quando a pressão é inferior à dos pulmões, estes expendem-se e a pressão faz com que o ar exterior entre nos pulmões através das vias respiratórias do paciente. Quando a pressão aumenta para um valor superior à dos pulmões, acontece o inverso e o ar é forçado a sair. Desta forma, o pulmão de aço mimetiza o processo fisiológico da respiração.



O Pulmão de Aço

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

repassando


Fala, galera !!!

Mais uma vitória das pessoas que passam diariamente por inúmeras dificuldades e merecem o nosso apoio! No último sábado, entrou em vigor a lei que reduz a idade e o tempo de contribuição à Previdência Social para a aposentadoria de pessoas com deficiência. Com a nova lei, homens com deficiência grave passam a ter direito a aposentadoria após 25 anos de contribuição, enquanto as mulheres, depois de 20 anos. Já no caso de deficiência moderada, o tempo de contribuição passa para 29 anos e 24 anos, para homens e mulheres respectivamente. Não houve mudanças para os portadores de deficiência leve.

A aprovação dessa lei é uma grande conquista para a sociedade! Isso demonstra que o Brasil começou a entender que as pessoas com deficiência devem ter um tratamento especial.

Leia a matéria completa no meu site: http://bit.ly/19hs2YQ

Abs !!!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Somália está a sofrer surto explosivo de poliomielite

Médicos Sem Fronteiras retiraram-se por não haver segurança no país, em grande parte controlado por milícia islâmica Al-Shabab.
Clínica dos Médicos Sem Fronteiras: com a sua partida, será mais dificil controlar o surto MOKHTAR MOHAMED/AFP

A Somália está a sofrer um “surto explosivo” de poliomielite e agora este país do corno de África tem mais casos do qualquer outra nação do mundo, alertou um responsável da Organização Mundial de Saúde. A situação é especialmente grave porque esta semana os Médicos Sem Fronteiras (MSF) anunciaram que se retiravam do país, por causa dos “ataques brutais contra o seu pessoal”.
Nas áreas controladas pelas milícias islâmicas Al-Shabab, sete em cada dez crianças não estão vacinadas contra a poliomielite – uma doença que está quase erradicada da face da terra através da imunização. Actualmente é considerada endémica apenas em três países: Afeganistão, Nigéria e Paquistão. A Índia foi riscada da lista de países ainda martirizados pela doença também conhecida como paralisia infantil em Fevereiro de 2012.
Na Somália foram registados 105 casos até sexta-feira, e dez outros num campo de refugiados somalis no Quénia, diz a Associated Press. Em todo o mundo, foram registados 191 casos de poliomielite este ano, incluindo estes na Somália e no Quénia. O vírus que está na origem desta doença espalha-se quando há falta de esgotos e água limpa. Invade o sistema nervoso e pode causar paralisia.
A campanha de vacinação iniciada em Maio chegou a quatro milhões de pessoas na Somália, mas há 600 mil crianças que vivem em áreas do Sul e Centro do país controladas pelas milícias islâmicas às quais as vacinas dificilmente chegarão. Durante a seca e fome de 2011, a Al-Shabab – relacionada com a Al-Qaeda  – proibiu o acesso da maior parte das agências e organizações não governamentais às áreas do país que controlava.
Os MSF tinham mais de 1500 pessoas a trabalhar na Somália, explicou Unni Karunakara,  presidente internacional da organização. Mas resolveram retirar-se do país, após 22 anos lá, porque o seu trabalho se tornou cada vez mais impossível. Nestes anos morreram 16 trabalhadores desta organização, que foi alvo de dezenas de ataques contra o seu pessoal, ambulâncias e instalações médicas. Recentemente, os ataques tornaram-se mais constantes e violentos.
“É muito perturbante, porque este surto é explosivo”, comentou à agência noticiosa norte-americana Oliver Rosenbauer, porta-voz da Iniciativa para a Erradicação da Poliomielite da Organização Mundial de Saúde.
A poliomielite é uma doença em desparecimento. Em 2012 foram registados apenas 223 casos, quando em 1988 eram 350 mil em todo o mundo. Há seis anos a doença não existia na Somália.
repassando

terça-feira, 5 de novembro de 2013


Revise code
range and add
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List of three-character categories
Diseases of the nervous system
(G00-G99)
Systemic atrophies primarily affecting the central nervous system (G10-
G13 G14)
G10 Huntington's disease
G11 Hereditary ataxia
G12 Spinal muscular atrophy and related syndromes
G13* Systemic atrophies primarily affecting central nervous system in
diseases classified elsewhere
G14 Postpolio syndrome

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Sintomas do infarto

Conhecer os sintomas do infarto é essencial para evitar o pior

Quanto antes você procurar um hospital, menores são os riscos

POR ESPECIALISTA - ATUALIZADO EM 21/10/2013Share on emailShare on faceboo
As doenças cardiovasculares são líderes em morte no mundo, sendo responsáveis por quase 30% das mortes no Brasil. Dentre estas, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é a causa principal. De acordo com o Datasus, agência de controle de dados do governo, foram registrados 2028 óbitos por doenças cardiovasculares no estado de São Paulo apenas no mês de agosto de 2013. A mortalidade hospitalar por infarto agudo na internação é alta, e maior quanto mais demorado o tempo entre o início dos sintomas e o atendimento final. Os fatores de risco para o infarto são obesidade,hipertensão, colesterol alto, estresse, diabetes ou infartos anteriores. Homens na meia idade e mulheres após a menopausa são os mais afetados pelo problema.
O infarto acontece quando parte do músculo cardíaco morreu por falta de oxigênio. A nutrição do músculo é feita pelas artérias coronárias, que levam sangue e nutrientes até o coração. Se uma artéria dessas "entupir" - que ocorre quando uma placa de gordura perto da parede interna do vaso rompe - o fluxo de sangue é interrompido e aquela área entra em sofrimento (causando dor) e se esse fluxo não for reestabelecido a tempo, o tecido morre.

Identificando o infarto

Hábitos ruins ao coração
A dor do IAM é uma sensação mal definida, surda, que pode se alojar em qualquer local entre o lábio inferior e a cicatriz umbilical. Ainda que a maioria das pessoas sinta dor no meio do peito, em aperto, espalhando para o braço direito, vemos com muita frequência apresentações menos características. Já vi pessoas com dor no queixo, dor nas costas. As características do infarto em mulheres são muito menos típicas, com queixas de queimação ou agulhadas no peito ou ainda falta de ar sem dor. Qualquer dor nessas regiões que se mantêm por mais de 20 minutos deve ser investigada e considerada doença grave, especialmente se associada aos seguintes sintomas:
  • Vômitos
  • Suor frio
  • Fraqueza Intensa
  • Palpitações
  • Falta de ar.
Na presença dessas sensações, é de extrema importância procurar ajuda no pronto socorro mais próximo em no máximo uma hora. Conforme o tempo passa a dor diminui, mas o dano torna-se mais extenso e irreversível. Após 12 horas de dor, o músculo em sofrimento já morreu quase por completo.
Em municípios com disponibilidade de atendimento domiciliar rápido, como o excelente SAMU de São Paulo, vale a pena acioná-lo. Na ausência de uma ambulância, busque uma acompanhante que possa dirigir ou acompanhar até o medico (sempre em um hospital de emergência, para não transformar um consultório medico em uma UTI). Evite dirigir com suspeita de infarto, pois arritmias e desmaios são frequentes no inicio do quadro, colocando em risco você e os outros. Carregue consigo seus exames mais recentes, se estiverem acessíveis e não forem atrasar a sua viagem. Fique tranquilo e explique tudo ao seu acompanhante e médico, em especial a presença de alergias e doenças prévias.

AVC: saiba quais os primeiros socorros durante um derrame

Identifique os sinais precoces e como proceder em uma emergência

POR CAROLINA SERPEJANTE - PUBLICADO EM 29/10/2013Share on email
A cada ano, cerca de seis milhões de pessoas morrem de acidente vascular cerebral (AVC), sendo essa a primeira causa de morte e incapacidade no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (SBDCV) e Academia Brasileira de Neurologia (ABN). "O AVC, que atualmente é chamado de AVE (acidente vascular encefálico), ocorre quando existe a interrupção da oferta de oxigênio e nutrientes em um território do cérebro, cerebelo ou tronco cerebral", explica o cardiologista Rafael Munerato, do laboratório Pasteur. Essa interrupção pode ocorrer devido a um entupimento, que é o AVC isquêmico, ou rompimento de um vaso, caso doAVC hemorrágico. Os fatores de risco são semelhantes aos do infarto do miocárdio: tabagismo, obesidade, sedentarismo, diabetes, hipertensão e colesterol elevado. Dessa forma, a adoção de hábitos saudáveis e controle de doenças metabólicas e cardiovasculares é essencial para prevenir esse mal. "E quando falamos de cuidado, é preciso reconhecer os principais sintomas do AVC para que o atendimento seja feito o mais rápido possível, uma vez que isso é decisivo para a boa recuperação do paciente", alerta o neurologista André Felício, de São Paulo. Se você ainda tem dúvidas sobre o que fazer quando se tem um derrame cerebral, confira:
  • mulher com dor no braço - Foto: Getty Images
  • ampulheta - Foto: Getty Images
  • remédio - Foto: Getty Images
  • medidor de pressão - Foto: Getty Images
  • pessoa medindo a glicemia - Foto: Getty Images
  • telefone celular - Foto: Getty Images
  • idoso no hospital - Foto: Getty Images
  • idosa fazendo fisioterapia na piscina - Foto: Getty Images
 
 
DE 8
mulher com dor no braço - Foto: Getty Images

Nem toda a pessoa vai "cair dura"

É muito comum acharmos que, em caso de derrame cerebral, a pessoa irá passar mal e desmaiar, devendo ser encaminhada para o hospital. Entretanto, os sintomas são muito mais sutis. "Dormência e fraqueza em uma metade do corpo, alteração da fala e desequilíbrio são alguns dos sintomas de AVC", explica a neurologista e neurofisiologista Adriana Ferreira Barros Areal, do Hospital Santa Luzia, em Brasília. É importante entender que o AVC se manifesta como uma perda neurológica súbita, ou seja, mudanças em seus movimentos, fala, visão ou qualquer outra coisa que funcionava de uma determinada maneira e parou de repente ou então você começou a fazer de outra maneira. É extremamente importante saber reconhecer o AVC o mais rápido possível, pois o tratamento precoce fará toda a diferente no futuro desse paciente. Confira alguns dos principais sintomas de AVC:

- Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo;
- Sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo;
- Perda súbita de visão em um olho ou nos dois olhos; - Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar ou para compreender a linguagem;
- Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente;
- Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos. 
ampulheta - Foto: Getty Images

Não espere o pior passar

Outra mania muito perigosa - principalmente quando o assunto é derrame cerebral - é esperar a dor passar para, então procurar um médico. No geral, pensamos que é melhor deixar a pessoa se estabilizar, para evitar qualquer sofrimento em uma viagem ao hospital ou socorro. Entretanto, na suspeita de um AVC, o ideal é encaminhar essa pessoa para o hospital o mais rápido possível. "É preciso entender que uma característica fundamental do AVC é a sua instalação súbita, e cada minuto perdido poderá fazer diferença lá na frente, na hora da recuperação, uma vez que quanto maior é o dano cerebral, maiores são as sequelas", lembra o neurologista André Felício, de São Paulo. Os danos de um AVC são consideravelmente maiores quando o atendimento demora mais de três horas para ser iniciado. Inclusive, no caso de AVC isquêmico, o médico pode dar ao paciente um medicamento antitrombótico chamado alteplase, que deve ser aplicado em até quatro horas e meia após o início dos sintomas. Esse medicamento diminui em 30% o risco de sequelas do AVC isquêmico e em 18% a mortalidade. 
remédio - Foto: Getty Images

Não dê AAS

Muito se fala também sobre ministrar uma pílula de AAS (ácido acetilsalicílico) quando uma pessoa está sofrendo um AVC, já que ela afinaria o sangue e impediria um novo êmbolo. Apesar de ser um raciocínio correto, ele só traria algum benefício para pessoas que sofreram um AVC isquêmico - e ainda sim não é nada muito expressivo. "Nos casos de AVC hemorrágico, o ácido acetilsalicílico pode piorar ainda mais o sangramento, agravando o quadro", explica a neurologista Adriana. E como não é possível saber qual tipo de derrame cerebral a pessoa está tendo sem avaliação médica, o conselho é não dar qualquer medicamento e encaminhá-la para o hospital.  
medidor de pressão - Foto: Getty Images

Não dê remédio para pressão

Aqui a lógica é a mesma do ácido acetilsalicílico: nenhum medicamento deve ser ministrado sem avaliação médica, ainda que o paciente seja hipertenso. Novamente, é impossível saber que tipo de AVC a pessoa está sofrendo e se o medicamento irá beneficiar ou não aquele quadro. "Nos casos em que o paciente tem hipertensão, a atenção com o rápido atendimento deve ser redobrada, e o controle do nível de pressão vai depender do tipo de AVC, do tratamento proposto e da história prévia da pessoa", explica a neurologista Adriana.
pessoa medindo a glicemia - Foto: Getty Images

Se a pessoa tiver diabetes, verifique a glicemia

 Em pacientes do diabetes, explica a neurologista Adriana, a glicose muito alta ou muito baixa pode imitar os sintomas de AVC. "Portanto, a verificação da glicemia ajuda a distinguir um problema de outro", diz. Dessa forma, é importante fazer medição e, caso não seja o caso de uma alteração na glicemia, correr para receber o atendimento adequado.
telefone celular - Foto: Getty Images

Chamar a emergência ou correr para o hospital?

Se você estiver perto de um hospital ou pronto socorro de confiança e tem condições de ir ou levar o paciente para lá com rapidez, não há porque esperar a ambulância. "Entretanto, se você está longe de um pronto atendimento, não tem carro, a viagem até lá seria muito difícil ou você não está em condições de ir sozinho, não hesite em chamar a emergência, pois o tratamento pode iniciar já na ambulância", aconselha a neurologista Adriana. Além disso, o neurologista André Felício lembra que o ideal é dar preferência a hospitais que sabidamente tem um serviço dedicado ao tratamento agudo do AVC, que são aqueles capazes de realizar procedimentos neurológicos, como exames e cirurgias. 
idoso no hospital - Foto: Getty Images

É necessário procedimento cirúrgico?

Existem dois tipos de cirurgia que podem ser indicadas para o tratamento do AVC. Se o paciente tiver obstrução significativa das artérias carótidas no pescoço (caso de AVC isquêmico), pode precisar de uma endarterectomia de carótida. Durante esta operação, o cirurgião remove a formação de placas nas artérias carótidas para reduzir o risco de ataque isquêmico transitório (TIA) ou AVC. Os benefícios e os riscos desta cirurgia devem ser cuidadosamente avaliados, pois a cirurgia em si pode causar um AVC. Já para o AVC hemorrágico, o tratamento cirúrgico visa a retirar o sangue de dentro do cérebro. Em alguns casos, coloca-se um cateter para avaliar a pressão dentro do crânio, que aumenta por conta do inchaço do cérebro após o sangramento. O tratamento cirúrgico para o caso de AVC hemorrágico pode não ser realizado logo na entrada do paciente no hospital, principalmente porque alguns têm um novo sangramento poucas horas depois do primeiro. "Mas nem todo o paciente precisará desses procedimentos cirúrgicos para se recuperar de um derrame cerebral", diz a neurologista Adriana. "A indicação cirúrgica também depende da gravidade do quadro e da condição clinica do paciente, sendo avaliado caso a caso."  
idosa fazendo fisioterapia na piscina - Foto: Getty Images

Toda recuperação é igual?

Não, o andamento do paciente após um AVC pode variar muito. Tudo depende de fatores como extensão do AVC, local do cérebro onde ele aconteceu, demora no tratamento, idade, tipo de derrame, doenças relacionadas... Não há regra. "Cada caso evolui de um jeito", afirma Adriana Ferreira. "Todavia, quanto mais precoce e mais especializado o atendimento em geral os resultados são melhores." 

sexta-feira, 1 de novembro de 2013


CâNCER DE PRÓSTATA



No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.

Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.

Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³ ) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.

Estimativa de novos casos: 60.180 (2012)

Número de mortes: 12.778 (2010)

Prevenção

Já está comprovado que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer, como também de outras doenças crônicas não-transmissíveis. Nesse sentido, outros hábitos saudáveis também são recomendados, como fazer, no mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.

A idade é um fator de risco importante para o câncer de próstata, uma vez que tanto a incidência como a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos.

Pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos pode aumentar o risco de se ter a doença de 3 a 10 vezes comparado à população em geral, podendo refletir tanto fatores genéticos (hereditários) quanto hábitos alimentares ou estilo de vida de risco de algumas famílias.

Sintomas

Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite). Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.

Fonte: INCA

terça-feira, 29 de outubro de 2013

fenômeno de Raynaud

Autor:
Rodrigo Antonio Brandão Neto
Médico Assistente da Disciplina de Emergências Clínicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP

Quadro clínico

Paciente do sexo feminino, 25 anos de idade, com quadro recorrente de episódios de cianose em mãos, principalmente quando exposta ao frio. Esse fenômeno é associado a parestesias em extremidades, mas sempre autolimitado. Quando em resolução, apresenta hiperemia marcante das mãos. Nega artralgias e quaisquer outros sintomas; o exame físico é normal e os pulsos são todos positivos e simétricos.
O quadro clínico desta paciente – cianose após exposição ao frio com hiperemia posterior – caracteriza o fenômeno de Raynaud.

Definição

O fenômeno de Raynaud é uma resposta vascular exagerada a estímulos como frio e estresse emocional, caracterizado por alterações marcantes de coloração da pele dos dedos. Acredita-se que seja causado por vasoconstrição anormal de artérias digitais e de arteríolas cutâneas, embora seu aparecimento possa ser multifatorial. O fenômeno é considerado primário quando não há evidência de doença associada.

Prevalência

É difícil definir sua prevalência, pois não há um padrão de reprodutibilidade. A maior parte da literatura cita prevalência de 5 a 20% para mulheres e 4 a 14% para homens, mas ocorrem importantes variações internacionais. Por exemplo, um estudo na França demonstrou prevalência de 17% na população; já nos Estados Unidos, a prevalência se aproxima de 5%. A condição é mais comum em mulheres, pacientes jovens e em parentes de 1º grau de pacientes que apresentam fenômeno de Raynaud.

Manifestações clínicas

Aparece principalmente em ataques súbitos que envolvem, na maioria das vezes, dedos das mãos, com sensação de frio local seguida de palidez cutânea (fase branca), e posteriormente, com evolução para cianose local (fase azul). Alguns pacientes não têm a fase inicial de palidez cutânea.
Com o reaquecimento, o ataque é autolimitado e dura de 15 a 20 minutos. Posteriormente, é possível ter eritema com rubor exuberante secundário à reperfusão local. Em geral, o fenômeno inicia-se em um dedo e se alastra posteriormente para os outros dedos.
Os pacientes podem ainda apresentar livedo reticular, que é uma lesão com coloração violácea em padrão reticular da pele de braços e pernas após exposição ao frio. Este achado é benigno e reversível com o reaquecimento, porém, em pacientes com doença vascular periférica e síndrome de anticorpo antifosfolípide, pode não ocorrer reversão do livedo reticular. Presença de parestesias e dor local, como os sintomas associados a baixo fluxo sanguíneo, podem ocorrer.

Diagnóstico

Com base na história clínica, não é recomendado realizar provas de provocação, como expor a mão à água fria, em razão da inconsistência dos resultados.

Critérios clínicos

1.         fenômeno de Raynaud definitivo: episódios repetitivos bifásicos em resposta ao frio.
2.         Provável fenômeno de Raynaud: mudanças apenas unifásicas e parestesias em relação à exposição ao frio.
3.         Sem fenômeno de Raynaud: alterações de circulação sem relação com a exposição ao frio.

Classificação

Raynaud primário

Geralmente, a idade de início é entre 15 e 30 anos, sendo mais comum em mulheres, podendo ocorrer em múltiplos membros familiares.

Critérios para definir fenômeno de Raynaud primário

                Ataques episódicos simétricos;
                ausência de evidência de doença vascular periférica;
                sem gangrena digital, telangiectasias digitais ou injúria tecidual;
                capilaroscopia negativa;
                FAN negativo e provas inflamatórias normais (tradicionalmente VHS normal).

Raynaud secundário

As causas mais comuns desse tipo são:

                esclerodermia, lúpus eritematoso sistêmico (LES) e outras doenças do tecido conectivo;
                doenças vasculares oclusivas, como tromboangeíte obliterante;
                indução por medicações;
                outras causas de fenômenos hemorreológicos, como crioaglutininas, policitemia e criofibrinogenemia;
                indução por vibração, trauma vascular (injúria de artéria ulnar distal) e outras criopatias (frostbite).

Avaliação

Em geral, não é necessária uma extensa avaliação desses pacientes, exceto quando ele apresenta evidências que aumentam a chance de fenômeno secundário. Entre tais evidências estão:

                aparecimento em pacientes com 40 anos de idade ou mais;
                sexo masculino;
                eventos severos e dolorosos com evidências de isquemia, como úlceras cutâneas;
                ataques assimétricos;
                sinais e sintomas sugestivos de doença secundária;
                parâmetros laboratoriais anormais;
                fenômeno de Raynaud com sintomas isquêmicos atingindo região proximal de dedos, sobretudo se envolver punhos e mãos.

Nestas circunstâncias, um dos mais importantes exames é a capilaroscopia, que permite observar se existe perda de capilares e padrão sugestivo de esclerodermia, lembrando que cerca de 13% dos pacientes cuja apresentação inicial é fenômeno de Raynaud desenvolvem doença do colágeno posterior, principalmente esclerodermia.
Em pacientes com capilaroscopia alterada, a pesquisa de autoanticorpos, como anticentrômero, anti-TTPO-isomerase e anti-SCXL 70, é necessária.

Exames para investigar causas secundárias

                Hemograma completo;
                bioquímica geral com testes de função renal e hepática;
                urina 1;
                fator reumatoide;
                complemento com C3 e C4;
                FAN e autoanticorpos.

Tratamento

Embora possa ocorrer alteração da qualidade de vida, pacientes sem incapacidade significativa secundária aos ataques costumam ter uma condição benigna que, na maioria das vezes, não exigirá tratamento.

Objetivos do tratamento

Os objetivos do tratamento são melhorar qualidade de vida e prevenir sintomas sistêmicos. Medidas não farmacológicas incluem:

                evitar exposição ao frio;
                minimizar estresse emocional;
                usar estratégias para manter corpo aquecido;
                manter dedos quentes;
                usar estratégias para interromper um ataque, como colocar as mãos em água quente, entre outras;
                evitar rápidas mudanças de temperatura;
                evitar cigarro;
                evitar drogas simpaticomiméticas, como descongestionantes nasais, estimulantes etc.

Medicações

Alguns pacientes podem ter benefício com uso de medicações. Nesses casos, os bloqueadores dos canais de cálcio são a classe de medicações mais utilizada e estudada.

Bloqueadores dos canais de cálcio

Apresentam eficácia moderada. Uma revisão sistêmica mostrou diminuição de ataques de 5 para 2,8/semana, enquanto outros trabalhos mostram diminuição de 30 a 35% dos ataques com seu uso.
O ideal é usar formulações de longa duração, como nifedipina de longa duração (10 a 20 mg/dia) ou anlodipina (10 mg/dia) como dose inicial. A dose de manutenção usual de nifedipina de liberação prolongada é de 30 a 180 mg/dia. Nos casos em que o tratamento não apresenta eficácia, pode se trocar o bloqueador.
Em caso de edema associado, pode-se utilizar losartam. Um estudo demonstrou redução do edema periférico com a associação de bloqueador da angiotensina com bloqueador dos canais de cálcio. Também é possível combinar o uso com outros vasodilatadores, como nitroglicerina via oral ou tópica ou mesmo o sildenafil. Vasodilatadores diretos, como minoxidil ou hidralazina, podem ser considerados, mas não são recomendados para fenômeno de Raynaud severo, pelo menos não isoladamente. O uso de inibidores da fosfodiesterase isolados, como sildenafil e tadalafil, parece ter pouco efeito; um estudo não demonstrou benefício com tadalafil e outro demonstrou efeito pequeno com o uso de sildenafil.
A pentoxilina parece ter efeito adjuvante e pode ser tentada em algumas circunstâncias. A dose usual é de 400 mg, 3 vezes/dia. O cilostazol também é uma opção, mas ainda não foi adequadamente avaliado pela literatura. O fenômeno pode ser associado à dor significativa, de modo que o uso de analgésicos, incluindo opioides, pode ser necessário.
O benefício de antiagregantes plaquetários e anticoagulantes é incerto, mas estes podem ser uma boa indicação em crises severas e persistentes, nas quais a anticoagulação costuma ser mantida por até 72 horas.. Opções cirúrgicas, como simpatectomia, podem ser utilizadas em raros casos arresponsivos e muito sintomáticos.
No caso em questão, temos uma paciente com provável fenômeno primário. Em pacientes com fenômeno secundário ou naqueles em que uma doença secundária é diagnosticada, o tratamento de tal doença pode auxiliar no controle do fenômeno.
Para esta paciente, recomenda-se, além das medidas gerais, o uso de bloqueador de canal de cálcio, inicialmente com nifedipina de liberação prolongada de 20 mg ou 10 mg de anlodipina.

Modo de ação

Agem bloqueando os canais de cálcio das células musculares, causando vasodilatação periférica. Causam menos taquicardia reflexa e menos retenção hídrica do que outros vasodilatadores. Alguns bloqueadores também têm efeito inotrópico negativo não di-hidropiridínicos, como verapamil e diltiazem.

Indicação e nível de evidência

São efetivos como monoterapia em aproximadamente 60% dos hipertensos. São eficazes em todos os subgrupos de pacientes, sendo mais eficazes que inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) e betabloqueadores em negros e idosos. Juntamente com os diuréticos tiazídicos, são os mais eficazes na hipertensão predominantemente sistólica. Alguns estudos randomizados com bloqueadores de canal de cálcio mostraram um risco cardiovascular aumentado em diabéticos, não devendo ser utilizados como monoterapia em diabéticos hipertensos, embora estudos recentes não tenham mostrado aumento do risco cardiovascular em diabéticos. Estudos realizados até a década de 1990 com bloqueadores de canal de cálcio de curta ação evidenciavam uma associação com maior risco de eventos cardiovasculares, entretanto, estudos e metanálises mais recentes, utilizando BCC de liberação lenta, não mostraram nenhuma associação com maior risco cardiovascular, exceto uma incidência maior de insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Uma vez que a maioria dos hipertensos necessita de mais de uma droga anti-hipertensiva para obter um controle adequado da PA, os bloqueadores de canal de cálcio podem ser usados como drogas de primeira linha, porém, os tiazídicos apresentam um perfil de redução de risco cardiovascular mais consistente, devendo, portanto, ser as drogas de escolha caso haja necessidade de apenas um anti-hipertensivo.

Posologia e apresentação

Existem inúmeros bloqueadores de cálcio, com posologias e apresentações distintas, conforme mostra a Tabela 1.

Tabela 1. Apresentações e posologia dos bloqueadores de canal de cálcio
Droga
Nome comercial
Apresentação
Posologia*
Diltiazem
Cardizem
30 e 60 mg
180 a 360 mg (3 a 4 vezes/dia)
Diltiazem SR
Cardizem SR
90 e 120 mg
180 a 360 mg (1 a 2 vezes/dia)
Diltiazem CD
Cardizem CD
180 e 240 mg
180 a 360 mg (1 vez/dia)
Verapamil
Dilacoron
80 e 120 mg
180 a 480 mg (3 a 4 vezes/dia)
Verapamil Retard
Dilacoron Retard
120 e 240 mg
180 a 480 mg (2 vezes/dia)
Nifedipina Retard
Adalat Retard
10 e 20 mg
30 a 120 mg (2 vezes/dia)
Nifedipina Oros
Adalat Oros
20; 30; 60 mg
30 a 120 mg (1 vez/dia)
Isradipina
Lomir / Lomir SRO*
2,5 e 5 mg
2,5 a 10 mg (1 a 2 vezes/dia)
Felodipina
Splendil
2,5; 5; 10 mg
2,5 a 20 mg (1 vez/dia)
Nisoldipina
Syscor AP
10; 20; 30 mg
20 a 60 mg (1 vez/dia)
Amlodipina
Norvasc, Pressat
5 e 10 mg
5 a 20 mg (1 vez/dia)
* Lomir – comprimidos (2,5 mg) 2 vezes/dia; Lomir SRO – cápsulas (5 mg) 1 vez/dia.
** Dose diária (número de tomadas diárias).

Efeitos adversos

Os efeitos colaterais mais comuns são cefaleia, edema periférico, bradicardia e obstipação. Os di-hidropiridínicos (nifedipina, nicardipina, isradipina, nisoldipina, felodipina e anlodipina) têm uma chance maior de causar sintomas de vasodilatação, como cefaleia, palpitações, edema e rubor facial. Já os não di-hidropiridínicos (diltiazem e verapamil) têm efeitos inotrópicos negativos mais proeminentes, sendo mais comum a bradicardia. Obstipação intestinal é mais comum com o verapamil. Podem exacerbar os sintomas da insuficiência cardíaca por disfunção sistólica, exceto a anlodipina. Há relatos de aumento de sangramentos com o uso de verapamil, particularmente se associado a AAS e varfarina.

Classificação na gravidez

Classe C.

Monitoração

Nenhuma recomendação específica, exceto dosagem de enzimas hepáticas com o uso de diltiazem, uma vez que já se observou lesão hepática em alguns pacientes.

Interações medicamentosas

O fenobarbital, por meio do aumento do metabolismo hepático, reduz o efeito de todos os bloqueadores de canal de cálcio. A rifampicina faz o mesmo, particularmente a nifedipina e o verapamil. Os bloqueadores H2, particularmente a cimetidina, aumentam a biodisponibilidade dos bloqueadores dos canais de cálcio. A associação com fentanil pode causar hipotensão grave. A associação com betabloqueadores e amiodarona pode aumentar os efeitos adversos cardiovasculares, particularmente com os não di-hidropiridínicos. O uso concomitante com digoxina, teofilina e ciclosporina pode aumentar o nível sérico destas drogas. Bloqueadores do canal de cálcio podem aumentar a sensibilidade aos efeitos tóxicos do lítio, já tendo sido observado tanto aumento como redução dos níveis séricos de lítio, o que justifica um controle rigoroso dos níveis de lítio quando há associação. A associação de verapamil com AAS ou varfarina pode aumentar a incidência de sangramentos e equimoses.

http://www.reumatousp.med.br/

Fenômeno de Raynaud


O que é Fenômeno de Raynaud?

O fenômeno de Raynaud é uma condição na qual ocorre um exagero na resposta à temperatura fria. As manifestações clínicas do fenômeno de Raynaud são causadas pela vasoconstrição (estreitamento) dos vasos sanguíneos (artérias e arteríolas), que resulta na redução do fluxo sanguíneo para a pele (isquemia), enquanto a cianose (arroxeamento da pele) é causada pela diminuição da oxigenação nos pequenos vasos sanguíneos (arteríolas e capilares) da pele. A pele fica fria e gera uma área empalidecida bem demarcada ou uma cianose em dedos de mãos e pés. Algumas pessoas também sentirão a pele pálida e fria em orelhas, nariz, face, joelhos, e qualquer área exposta.
O fenômeno de Raynaud tipicamente se inicia após exposição ao frio ou após situação de estresse intenso em um ou vários dedos e depois progride simetricamente para todos os dedos das mãos. Sensação de formigamento ou amortecimento pode acompanhar as alterações de coloração dos dedos. Dor não é geralmente referida, a menos que o evento seja intenso e duradouro, com prolongada diminuição do fluxo sanguíneo para os dedos. O ataque geralmente termina com a normalização do fluxo sanguíneo para as extremidades. Um ataque geralmente termina 15 minutos após deixar uma área fria. A ocorrência de ulcerações digitais é um sinal de gravidade do fenômeno de Raynaud, e necessita de atenção médica.

Quem vai desenvolver o Fenômeno de Raynaud?

Enquanto estudos com pacientes selecionados mostraram que 20 a 30% das mulheres jovens têm fenômeno de Raynaud, estudos populacionais em diferentes grupos étnicos encontraram prevalência de cerca de 3 a 5%. A variação geográfica na prevalência do fenômeno de Raynaud é influenciada pelo clima das regiões. Também existem evidências de que a freqüência e a gravidade dos ataques é influenciada pela temperatura ambiente, com significativa variação entre os meses de verão e inverno.

Fenômeno de Raynaud primário
É um termo utilizado para indicar um paciente sem outra doença. A maioria das pessoas com fenômeno de Raynaud é considerada como fenômeno de Raynaud primário, sem doença subjacente. Estudos recentes revelam que cerca de 30% das pessoas com fenômeno de Raynaud primário têm um parente de primeiro grau com a mesma condição. Este fato sugere que pode haver um gene específico associado ao fenômeno de Raynaud, mas até o presente momento nenhum gene foi identificado.

Fenômeno de Raynaud secundário 
É um termo utilizado quando existe uma doença definida associada ao fenômeno de Raynaud. Existem várias causas de fenômeno de Raynaud secundário, associadas ao dano aos vasos sanguíneos, alteração do controle nervoso dos vasos sanguíneos, ou associação com fatores circulantes anormais.

As doenças mais comumente associadas ao fenômeno de Raynaud são as doenças reumáticas, especialmente esclerose sistêmica, doença mista do tecido conjuntivo, lupus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjogren, e dermatomiosite. Aproximadamente 95% dos indivíduos diagnosticados como esclerose sistêmica têm fenômeno de Raynaud.

O que causa o Fenômeno de Raynaud?

Acredita-se que o fenômeno de Raynaud seja causado por uma ruptura da resposta termoregulatória dos vasos sanguíneos da pele. Estes vasos sanguíneos normais têm um complexo sistema de controle que se inicia com sensores nervosos da pele. Estes sensores nervosos captam a temperatura ambiente e mandam esta informação para o sistema nervoso central. O cérebro então manda um sinal, através do sistema simpático, para os vasos sanguíneos da pele, que devem se contrair quando está frio e dilatar quando está calor. Estudos sugerem que, em pacientes com fenômeno de Raynaud, os receptores simpáticos alfa 2C estão hiperativos ou expressos em quantidade aumentada na musculatura lisa das artérias termoregulatórias, desta forma causando uma resposta exagerada às temperaturas frias.
Outros estudos também implicam uma série de outros mecanismos como causas ou fatores agravantes da resposta vascular anormal em indivíduos com fenômeno de Raynaud. Estes incluem a liberação anormal de moléculas vasoconstritoras (exemplo, a endotelina) ou a produção diminuída de vasodilatadores (como a prostaciclina ou o óxido nítrico) na parede dos vasos sanguíneos. Estudos sugerem que em alguns indivíduos ocorre liberação reduzida de agentes vasodilatadores pelos sensores nervosos. Também pode ocorrer liberação de substâncias vasoativas por células circulantes; como exemplo, citamos a liberação de serotonina (uma substância vasoconstritora) por plaquetas circulantes. Estudos recentes sugerem que uma alteração genética que leva a alteração na termoregulação dos vasos sanguíneos será encontrada em pacientes com fenômeno de Raynaud primário.
Outras causas comuns de fenômeno de Raynaud incluem uso prolongado de ferramentas vibratórias (ex. madeireiros); medicações como agentes simpatomiméticos (anti-histamínicos, efedrina, epinefrina), derivados do ergot (usados no tratamento de enxaquecas), e certos agentes quimioterápicos (como a bleomicina); lesão de nervos periféricos, como na síndrome do túnel do carpo; e doenças vasculares oclusivas (como a doença arterial periférica) ou doenças metabólicas (incluindo o hipotireoidismo).

Como se diagnostica o Fenômeno de Raynaud?

O fenômeno de Raynaud é um diagnóstico clínico caracterizado pela história de sensibilidade aumentada ao frio, associado às típicas alterações de coloração da pele (palidez, cianose, vermelhidão). O médico geralmente testemunha um ataque de fenômeno de Raynaud na avaliação clínica. No momento não existe exame laboratorial que identifique um paciente com fenômeno de Raynaud.
Pacientes com fenômeno de Raynaud devem ter uma história e exame físico completos para procurar uma causa subjacente para as crises. Um exame cuidadoso dos vasos sanguineos é importante. Um teste especial é a capilaroscopia periungueal, onde o médico coloca uma gota de óleo nas unhas dos pacientes, para melhor observar os capilares da base das unhas. O médico então examina esta área sob um microscópio para procurar alterações capilares. Capilares alargados, dilatados ou mesmo ausentes são notados em pacientes com esclerose sistêmica e outras doenças do tecido conjuntivo.
Testes laboratoriais são realizados se a história e exame físico confirmarem um fenômeno de Raynaud secundário. O teste específico dependerá da situação clínica diagnosticada. Por exemplo, testes para avaliar a presença de autoanticorpos serão solicitados se esclerose sistêmica ou lupus eritematoso sistêmico forem diagnosticados. Se há suspeita de doença vascular, um exame do fluxo dos grandes vasos é feito com o Doppler.

Como se trata o Fenômeno de Raynaud?

Terapêutica não medicamentosa 
O tratamento se inicia com a educação do paciente sobre as causas do fenômeno de Raynaud e os métodos para evitar seus agentes desencadeantes ou agravantes. Evitar temperaturas frias é o melhor método de prevenção de ataques. O aquecimento do corpo, com o uso de roupas apropriadas, meias, luvas, chapéus deve ser preconizado. Evitar traumatismos nos dedos das mãos ou pés também é importante.
Estresse emocional e ansiedade (sentir-se muito nervoso, tenso ou preocupado) podem exacerbar ataques de fenômeno de Raynaud. Em alguns pacientes, terapias para reduzir o estresse devem ser aconselhadas.
Evitar agentes vasoconstritores também é importante. O uso de medicações como agentes simpatomiméticos (anti-histamínicos), derivados do ergot (tratamento da enxaqueca), narcóticos e alguns quimioterápicos, deve ser evitado. O tabagismo pode piorar as crises, porque a nicotina diminui o fluxo sanguíneo para os dedos das mãos e pés. O uso de estrógenos ou beta-bloqueadores não seletivos é descrito como associado ao fenômeno de Raynaud, mas o assunto ainda é controverso.

Terapêutica medicamentosa
Não é indicado em todos os casos. Se o paciente tem fenômeno de Raynaud primário, os ataques são geralmente leves e não causam danos aos tecidos. Portanto, terapêutica não medicamentosa é recomendada a menos que os ataques sejam intensos, alterando a qualidade de vida e comprometendo a habilidade para realizar atividades de vida diária.
A terapêutica medicamentosa é recomendada em pacientes com fenômeno de Raynaud secundário que têm ataques graves e nos quais há evidências de danos tissulares, como ulcerações digitais. As ulcerações digitais podem ter um impacto significativo na vida dos pacientes, causando dor e limitação funcional. Ulcerações digitais são melhor tratadas com lavagem diária com água e sabão, antibióticos, e uso de vasodilatadores. Em casos de demora na cicatrização ou em caso de sinais e sintomas de infecção (como inchaço local, dor excessiva, e drenagem de pus), o medico deve ser consultado.
Os medicamentos mais utilizados no fenômeno de Raynaud são os vasodilatadores, como os bloqueadores dos canais do cálcio (nifedipina, diltiazem, ou amlodipina). Outros medicamentos incluem os bloqueadores alfa-adrenérgicos (como o prazosin) ou aplicações locais de pasta de nitroglicerina. Novas medicações incluem os inibidores dos receptores da angiotensina (ex. losartan), inibidores da fosfodiesterase (ex. cilostazol, sildenafil), e inibidores da captação da serotonina (ex. fluoxetina).
Prostaglandinas endovenosas (como o iloprost e o epoprosterenol) são usadas em casos graves de fenômeno de Raynaud secundário com ulcerações digitais não responsivas ao tratamento com os vasodilatadores convencionais. Estudos recentes sugerm que o bosentan (um inibidor dos receptores da endotelina-1) pode reduzir o número de ulcerações digitais em pacientes com esclerose sistêmica e fenômeno de Raynaud grave.
Outros tratamentos em desenvolvimento incluem uma nova formulação tópica, não sistêmica, feita especificamente para a prevenção e tratamento dos ataques do fenômeno de Raynaud. Estudos clínicos estão investigando a eficácia e segurança desta formulação quando usada um pouco antes ou no início de uma crise.
Em casos graves, combinações destes agentes estão sendo testadas. Alguns centros utilizam terapêutica endovenosa periodicamente para prevenir novos eventos isquêmicos.
Se as crises de fenômeno de Raynaud são graves e associadas com danos teciduais importantes (como gangrenas digitais ou de tecidos profundos) não responsivas ao tratamento medicamentoso, a simpatectomia cirúrgica pode ser realizada. A simpatectomia é um procedimento cirúrgico que é realizado para melhorar o fluxo sanguíneo nas artérias digitais, através da destruição dos nervos do sistema nervoso simpático. Novas técnicas permitem que o procedimento seja realizado ao nível dos dedos envolvidos (simpatectomia digital), desta forma evitando complicações dos procedimentos mais proximais. No entanto, a simpatectomia cirúrgica somente proporciona alívio temporário e deve ser reservada para situações de urgência, estando sempre associada ao tratamento medicamentoso.


Panfleto da Scleroderma Foundation, elaborado com o auxílio do Dr. Fredrick Wigley (Johns Hopkins University, Baltimore – EUA); tradução do Dr. Percival D. Sampaio-Barros (Universidade de São Paulo, São Paulo - SP).

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