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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Esclerose lateral amiotrófica

colaboração de:   

Mari Ruppenthal.

                                                            


Acompanhar o inexorável avanço da esclerose lateral amiotrófica, a 

doença neuromuscular fatal mais conhecida como doença de Lou Gehrig ou 
ALS (da sigla em inglês), sempre foi uma ciência inexata - uma questão 
de monitorar fraquezas e fadigas, realizando medições aproximadas sobre a
força de vários músculos.




Essa imprecisão atrapalhou a busca por medicamentos que pudessem 
desacelerar ou bloquear o progresso da doença. Mas agora um neurologista
do Centro Médico Beth Israel, aqui de Boston, recebeu um prêmio de US$1
milhão - o maior valor jamais pago por se atingir um desafio específico
em pesquisas médicas - por desenvolver uma forma confiável de 
quantificar as pequenas mudanças musculares que sinalizam a degeneração 
progressiva.




O vencedor, Dr. Seward Rutkove, mostrou que seu método poderia cortar 
pela metade os custos de ensaios clínicos que buscam remédios para a 
doença, segundo Melanie Leitner, diretora científica do Prize4Life, 
grupo sem fins lucrativos que criou a competição.




O método não oferece um alvo no corpo para onde direcionar os remédios,
nem ajudará os médicos com o diagnóstico. Mas a Dra. Merit Cudkowicz, 
professora de neurologia do Hospital Geral de Massachusetts e presidente
do Consórcio de ALS Northeast, comparou a descoberta de Rutkove à forma
como a ressonância magnética acelerou o desenvolvimento de medicamentos
contra esclerose múltipla.




"É possível usar isso como uma ferramenta para testar remédios e ver se
eles afetarão a sobrevivência", disse ela, acrescentando: "O prêmio 
definitivo é encontrar um remédio que funcione contra a ALS".




Rutkove, de 46 anos, que trata de pacientes com doenças neuromusculares
há 16 anos, se aproveitou da forma como nossas fibras musculares 
alteram as correntes elétricas. Com um dispositivo portátil ligado a 
eletrodos sobre a pele do paciente, um médico pode enviar correntes 
elétricas indolores a um músculo específico - e medir a voltagem 
resultante.




Conforme a ALS se espalha, os neurônios motores morrem, causando 
atrofia muscular. Os músculos em deterioração se comportam de maneira 
diferente dos saudáveis, resistindo mais à corrente. Em estudos com 
humanos e ratos, Rutkove mostrou que essas variações eram intimamente 
vinculadas à progressão e à duração de sobrevivência da doença.




"Não se pode dizer que é uma tecnologia imaginativa", disse ele, "mas realmente acredito que ajudará muitas pessoas".




Rutkove pensou em estudar medicina quando, ainda criança, viu seu avô tendo um ataque epilético.




A cada ano, são diagnosticados 5 mil novos casos de ALS nos Estados 
Unidos, segundo o Instituto Nacional de Saúde. Apesar de décadas de 
ensaios clínicos, o diagnóstico continua sendo uma sentença de morte. A
doença paralisa e sufoca os pacientes enquanto suas mentes permanecem 
intactas.



Stephen Hawking




Alguns pacientes vivem por décadas - o físico Stephen Hawking é o mais
conhecido -, mas a maioria sobrevive de três a cinco anos após o 
aparecimento dos sintomas. O riluzol, o único medicamento para ALS 
aprovado pela FDA (agência que regulamenta alimentos e remédios nos 
EUA), custa cerca de US$ 10 mil por ano - e geralmente estende a vida em
apenas alguns meses.




O alto custo dos ensaios clínicos limita a capacidade das companhias 
farmacêuticas de testar potenciais tratamentos. Pesquisadores precisam
recrutar centenas de pacientes, e conduzir ensaios que duram até dois 
anos, simplesmente para eliminar um medicamento da corrida.




"Um executivo nos disse: 'Pelo custo de um remédio para ALS, eu consigo
desenvolver dois remédios contra esclerose múltipla; então obviamente 
eu opto pela segunda opção'", escreveu Avi Kremer, fundador do 
Prize4Life, de 35 anos. Kremer, que é portador da doença (recebeu o 
diagnóstico em 2004, quando ainda era aluno da Escola de Administração 
de Harvard), não consegue falar ou digitar. Ele fez essa declaração 
durante uma videoconferência via Skype, de seu apartamento em Haifa, 
usando um sensor que lê sua testa enquanto ele levanta as sobrancelhas.




O Dr. Doug Kerr, diretor-associado de neurologia experimental da Biogen
Idec, que está trabalhando num remédio para ALS, afirmou que métodos
mais sensíveis de teste "nos permitirão testar mais medicamentos, mais 
pacientes, e chegar mais rapidamente à resposta". Ele chamou o método de
Rutkove de "uma poderosa nova peça ao armamento de estudo da ALS".




Pesquisadores dizem que prêmio de US$ 1 milhão, que será entregue a 
Rutkove em junho, em Nova York, é o mais já pago pela solução de um 
desafio fixo da pesquisa médica - já que o Nobel e o Lasker são 
oferecidos em retrospectiva, e não em resposta a um desafio.




Esse tipo de prêmio não é novidade. No século 18, um desafio similar 
trouxe solução ao famoso problema de Newton _ de como determinar 
longitudes no mar: um relojoeiro, chamado John Harrison, venceu a 
competição ao inventar o cronômetro marinho

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