Deficiente visual usa jiu-jitsu para vencer barreiras e se torna medalhista
Esporte mudou a vida de Pitty: “Antes eu era deficiente visual, agora sou um ‘eficiente visual’”, diz o lutador
Por GLOBOESPORTE.COM, com informações da TV Bahia - Salvador
Dicas de um campeão, mas não de qualquer campeão. Pitty é um lutador diferenciado. Deficiente visual, mas não debilitado. Aos vinte anos, Pitty parou de enxergar. Um glaucoma congênito tirou sua visão. Aos 28, ele decidiu entrar na luta e encarar o jiu-jitsu. No esporte, Pitty encontrou o caminho para se desvencilhar das dificuldades da deficiência física e se reerguer. Mas como um deficiente visual consegue finalizar seus oponentes no tatame?
- Primeiro uso a audição, porque o ouvir é fundamental para o competidor. Depois, o tato. O restante é aprimorar a técnica. Eu consigo perceber, de acordo com a posição em que eu estiver, o que meu oponente pode fazer. Então, de certa forma, eu me previno – conta Pitty.
O professor Roberto Cruz é testemunha de que a técnica funciona.
- Todo oponente que pega ele pela primeira vez se dá mal. Ele tem uma audiência bem apurada, a ponto de ter a percepção de onde o movimento do oponente está vindo. Ele não enxerga, mas ouve o outro – conta o professor.
Mesmo com todas as explicações é complicado acreditar que apenas a audição e o tato derrubam lutadores que têm a visão a seu favor. Mas Pitty revela que sua maior vantagem vem justamente do adversário.
- Os meus oponentes me subestimam e, por isso, acabam me deixando à vontade – afirma.
Como resultado, Pitty acumula medalhas e autoconfiança. O jiu-jitsu preencheu mais do que a estante de premiações do lutador.
- Tenho 49: trinta de outro, doze de prata e sete de bronze. Mas o jiu-jitsu melhorou minha autoestima, meu autocontrole e minha confiança. Agora sou Pitty Gladiador. Antes eu era deficiente visual, agora sou um “eficiente visual” e não sou mais um no meio da multidão.
E assim Pitty vai abocanhando títulos e vencendo as batalhas diárias.
- Ele é um vencedor na vida. Um exemplo – afirma, admirado, o professor Roberto Cruz.
Dicas de um campeão, mas não de qualquer campeão. Pitty é um lutador diferenciado. Deficiente visual, mas não debilitado. Aos vinte anos, Pitty parou de enxergar. Um glaucoma congênito tirou sua visão. Aos 28, ele decidiu entrar na luta e encarar o jiu-jitsu. No esporte, Pitty encontrou o caminho para se desvencilhar das dificuldades da deficiência física e se reerguer. Mas como um deficiente visual consegue finalizar seus oponentes no tatame?
- Primeiro uso a audição, porque o ouvir é fundamental para o competidor. Depois, o tato. O restante é aprimorar a técnica. Eu consigo perceber, de acordo com a posição em que eu estiver, o que meu oponente pode fazer. Então, de certa forma, eu me previno – conta Pitty.
O professor Roberto Cruz é testemunha de que a técnica funciona.
- Todo oponente que pega ele pela primeira vez se dá mal. Ele tem uma audiência bem apurada, a ponto de ter a percepção de onde o movimento do oponente está vindo. Ele não enxerga, mas ouve o outro – conta o professor.
Mesmo com todas as explicações é complicado acreditar que apenas a audição e o tato derrubam lutadores que têm a visão a seu favor. Mas Pitty revela que sua maior vantagem vem justamente do adversário.
- Os meus oponentes me subestimam e, por isso, acabam me deixando à vontade – afirma.
Como resultado, Pitty acumula medalhas e autoconfiança. O jiu-jitsu preencheu mais do que a estante de premiações do lutador.
- Tenho 49: trinta de outro, doze de prata e sete de bronze. Mas o jiu-jitsu melhorou minha autoestima, meu autocontrole e minha confiança. Agora sou Pitty Gladiador. Antes eu era deficiente visual, agora sou um “eficiente visual” e não sou mais um no meio da multidão.
E assim Pitty vai abocanhando títulos e vencendo as batalhas diárias.
- Ele é um vencedor na vida. Um exemplo – afirma, admirado, o professor Roberto Cruz.
Fonte: Globo Esporte
Conheça o Catálogo Nacional de Produtos de Tecnologia Assistiva e participe!
20/06/2011
O ITS Brasil está desenvolvendo o Catálogo Nacional de Produtos de Tecnologia Assistiva. Essa é mais uma ação do Projeto de Tecnologia Assistiva, parceria entre o ITS Brasil e o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT/SECIS), que reúne e disponibiliza informações qualificadas sobre os produtos de Tecnologia Assistiva (TA) fabricados, distribuídos e classificados de acordo com as categorias da ISO 9999-2007.
“Tecnologia Assistiva são produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.” (Comitê de Ajudas Técnicas - ATA VII).
No início da elaboração do Catálogo, a equipe do ITS Brasil participou de diversos eventos e feiras, com o objetivo de conhecer cada vez mais este mercado no Brasil, entender como funcionam diversos tipos de Tecnologia Assistiva, conhecer pesquisadores e empresas da área. Daí surgiu a necessidade de reunir essas informações em um Catálogo.
Com o intuito de aprofundar os estudos no desenvolvimento de uma ferramenta tão importante, a equipe do ITS Brasil visitou o Centro de Referencia Estatal de Autonomía Personal y Ayudas Técnicas (CEAPAT), em Madrid (Espanha), pioneira na criação de um Catálogo de Ajudas Técnicas. Ali, foi possível entender como funciona a base de dados e o Catálogo; conhecer o método de avaliação dos produtos de Tecnologia Assistiva e aprender o funcionamento do sistema, aprofundando assim os conhecimentos para o desenvolvimento de um Catálogo no Brasil.
A expectativa é tornar o Catálogo conhecido nacionalmente, tanto pelos usuários de produtos de TA, como órgãos públicos e privados como fonte de busca de soluções para as demandas dessas pessoas. O acesso ao Catálogo é inteiramente gratuito tanto para consulta, como para o cadastro de novos produtos. Basta ingressar na página do Portal Nacional de Tecnologia Assistiva - http://www.assistiva.org.br/ - e clicar no Catálogo.
Desde outubro de 2008, o ITS Brasil passou a integrar a Aliança Internacional de Provedores de Informação em Tecnologia Assistiva - http://www.ati-alliance.net/, que atualmente conta com a participação de onze países: Estados Unidos, Itália, Alemanha, Bélgica, Inglaterra, Dinamarca, Austrália, Irlanda, Brasil, Espanha e França. Juntos, esses países propõem: fornecer informações precisas e completas sobre Tecnologia Assistiva para que as pessoas com deficiência possam assumir um papel mais ativo na escolha dos produtos e aumentar a cooperação e a coordenação entre os provedores de informação de TA.
“Tecnologia Assistiva são produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.” (Comitê de Ajudas Técnicas - ATA VII).
No início da elaboração do Catálogo, a equipe do ITS Brasil participou de diversos eventos e feiras, com o objetivo de conhecer cada vez mais este mercado no Brasil, entender como funcionam diversos tipos de Tecnologia Assistiva, conhecer pesquisadores e empresas da área. Daí surgiu a necessidade de reunir essas informações em um Catálogo.
Com o intuito de aprofundar os estudos no desenvolvimento de uma ferramenta tão importante, a equipe do ITS Brasil visitou o Centro de Referencia Estatal de Autonomía Personal y Ayudas Técnicas (CEAPAT), em Madrid (Espanha), pioneira na criação de um Catálogo de Ajudas Técnicas. Ali, foi possível entender como funciona a base de dados e o Catálogo; conhecer o método de avaliação dos produtos de Tecnologia Assistiva e aprender o funcionamento do sistema, aprofundando assim os conhecimentos para o desenvolvimento de um Catálogo no Brasil.
A expectativa é tornar o Catálogo conhecido nacionalmente, tanto pelos usuários de produtos de TA, como órgãos públicos e privados como fonte de busca de soluções para as demandas dessas pessoas. O acesso ao Catálogo é inteiramente gratuito tanto para consulta, como para o cadastro de novos produtos. Basta ingressar na página do Portal Nacional de Tecnologia Assistiva - http://www.assistiva.org.br/ - e clicar no Catálogo.
Desde outubro de 2008, o ITS Brasil passou a integrar a Aliança Internacional de Provedores de Informação em Tecnologia Assistiva - http://www.ati-alliance.net/, que atualmente conta com a participação de onze países: Estados Unidos, Itália, Alemanha, Bélgica, Inglaterra, Dinamarca, Austrália, Irlanda, Brasil, Espanha e França. Juntos, esses países propõem: fornecer informações precisas e completas sobre Tecnologia Assistiva para que as pessoas com deficiência possam assumir um papel mais ativo na escolha dos produtos e aumentar a cooperação e a coordenação entre os provedores de informação de TA.
Fonte: Portal Nacional de Tecnologia Assistiva
Acessibilidade chega à programação de TV
Por Isabella Andrade
Parte da programação das emissoras de televisão digital se tornará acessível ao público com deficiência visual a partir do dia 1º de julho. A norma cumpre portaria publicada pelo Ministério das Comunicações em 2006, que estabelece que as emissoras devem veicular ao menos duas horas por semana de programas com o recurso da audiodescrição. A narração de sons, elementos visuais e quaisquer informações necessárias para que um deficiente visual consiga compreender o que se passa na tela estará disponível na função SAP (do inglês Programa Secundário de Áudio). Programas transmitidos em outros idiomas também serão adaptados.
César Achkar, além de artista plástico, é diretor de comunicação da Associação Brasiliense de Deficientes Visuais (ABDV). Com 47 anos, é deficiente visual desde os 28 e acredita que apesar de pouco, estas duas horas semanais representam uma conquista. Achkar afirma que a batalha pela audiodiscrição em programas televisivos, cinemas e DVDs é antiga, e acredita que as emissoras de televisão resistiam à utilização deste recurso por questões econômicas. “Agora eles vão perceber que não é um investimento tão alto, você tem que contratar uns dois profissionais pra fazer a audiodescrição de um filme, não é tão caro pra uma emissora de televisão. Vai ser um número bem significativo de pessoas assistindo essa programação” declara o diretor.
Acesso cultural
Flávio Luís da Silva é artista plástico há sete anos, faz esculturas e telas-táteis e é vice-presidente da ABDV. A associação tem parceria com a Secretaria de Cultura do DF e ajuda na elaboração da audiodescrição no Festival de Cinema de Brasília. Tal descrição é utilizada em cenas somente com imagens, sem sons, que deficientes visuais não poderiam entender sem narração sonora. O vice-presidente gostaria que a audiodescrição se estendesse também a outras manifestações culturais. “Teatro ainda não ouvi falar em apresentação com audiodescrição em Brasília, mas alguns colegas que moram no Rio de Janeiro já me disseram que já viram peças assim por lá”, afirma Flávio Luís.
O diretor da ABDV, César Achkar, afirma que em São Paulo já existe este recurso. César explica que no Festival de Cinema de Brasília são distribuídos aparelhos para aqueles que se declaram deficientes visuais escutarem a trilha sonora especial. Em DVDs, a audiodescrição funcionaria como uma opção de áudio extra. O artista plástico afirma que o ideal seria que todo conteúdo televisivo que fosse educativo, de conteúdo mais intelectual, tivesse o recurso.
Patrocinada pela Petrobrás, a ABDV acrescentou audiodescrição a 30 filmes nacionais já consagrados pelo público. A coleção foi enviada para diversas entidades de deficientes espalhadas pelo Brasil e a ABDV conta com uma destas coleções. As cópias serão disponibilizadas para todos os aproximadamente 800 associados.
Parte da programação das emissoras de televisão digital se tornará acessível ao público com deficiência visual a partir do dia 1º de julho. A norma cumpre portaria publicada pelo Ministério das Comunicações em 2006, que estabelece que as emissoras devem veicular ao menos duas horas por semana de programas com o recurso da audiodescrição. A narração de sons, elementos visuais e quaisquer informações necessárias para que um deficiente visual consiga compreender o que se passa na tela estará disponível na função SAP (do inglês Programa Secundário de Áudio). Programas transmitidos em outros idiomas também serão adaptados.
César Achkar, além de artista plástico, é diretor de comunicação da Associação Brasiliense de Deficientes Visuais (ABDV). Com 47 anos, é deficiente visual desde os 28 e acredita que apesar de pouco, estas duas horas semanais representam uma conquista. Achkar afirma que a batalha pela audiodiscrição em programas televisivos, cinemas e DVDs é antiga, e acredita que as emissoras de televisão resistiam à utilização deste recurso por questões econômicas. “Agora eles vão perceber que não é um investimento tão alto, você tem que contratar uns dois profissionais pra fazer a audiodescrição de um filme, não é tão caro pra uma emissora de televisão. Vai ser um número bem significativo de pessoas assistindo essa programação” declara o diretor.
Acesso cultural
Flávio Luís da Silva é artista plástico há sete anos, faz esculturas e telas-táteis e é vice-presidente da ABDV. A associação tem parceria com a Secretaria de Cultura do DF e ajuda na elaboração da audiodescrição no Festival de Cinema de Brasília. Tal descrição é utilizada em cenas somente com imagens, sem sons, que deficientes visuais não poderiam entender sem narração sonora. O vice-presidente gostaria que a audiodescrição se estendesse também a outras manifestações culturais. “Teatro ainda não ouvi falar em apresentação com audiodescrição em Brasília, mas alguns colegas que moram no Rio de Janeiro já me disseram que já viram peças assim por lá”, afirma Flávio Luís.
O diretor da ABDV, César Achkar, afirma que em São Paulo já existe este recurso. César explica que no Festival de Cinema de Brasília são distribuídos aparelhos para aqueles que se declaram deficientes visuais escutarem a trilha sonora especial. Em DVDs, a audiodescrição funcionaria como uma opção de áudio extra. O artista plástico afirma que o ideal seria que todo conteúdo televisivo que fosse educativo, de conteúdo mais intelectual, tivesse o recurso.
Patrocinada pela Petrobrás, a ABDV acrescentou audiodescrição a 30 filmes nacionais já consagrados pelo público. A coleção foi enviada para diversas entidades de deficientes espalhadas pelo Brasil e a ABDV conta com uma destas coleções. As cópias serão disponibilizadas para todos os aproximadamente 800 associados.
Fonte: Capus Online - Universidade de Brasília
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