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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Horta para resgatar tradições



Banco de multiplicação de hortaliças não-convencionais atenderá região de Sete Lagoas-MG
8/9/2009 11:24:21



Muita gente se lembra de verduras e legumes que costumava comer antigamente e não encontra mais hoje em dia. Mangarito, araruta, jambu, jacatupé são alguns exemplos de hortaliças que estão cada vez mais raras. Muitas eram plantadas nos quintais e, com o crescimento das cidades, perderam espaço.

Agora quem sente saudade desses alimentos poderá voltar a encontrá-los com mais facilidade. Para isso, está sendo implantado um banco de multiplicação das chamadas hortaliças não-convencionais no Centro de Educação Ambiental da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG). O trabalho é resultado de uma parceria entre a Embrapa e a Emater-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais).

No último dia 03, foi realizado um dia de campo com alunos da Universidade Federal de São João Del Rei para implantação da horta. Ao todo, foram plantados 17 tipos diferentes de hortaliças que não são comuns nos sistemas convencionais de produção e comercialização. A extensionista da Emater-MG, Érika Carvalho, explica que o objetivo é resgatar a cultura do consumo desses vegetais. "São hortaliças usadas tradicionalmente por algumas comunidades, passadas de geração para geração. As pessoas saem da roça, às vezes, levam outras não."

Érika afirma que, além de permitir a recuperação de pratos tradicionais, espera-se oferecer uma maior diversidade de hortaliças aos consumidores. "Podemos ter a oportunidade de comer verduras diferentes. O peixinho, por exemplo, você passa a folha no ovo, na farinha e frita. O sabor lembra peixe. O pessoal adora", conta a extensionista.

O estudante de agronomia Wagner Carvalho participou do dia de campo. Ele mesmo ainda não teve oportunidade de provar algumas das hortaliças que plantou, mas acredita que o trabalho terá bons resultados. "As pessoas mais velhas conhecem e vão incentivando os mais novos a comer", diz. Para o universitário, o cultivo da horta é uma experiência importante em sua formação.

A ideia de implantar os bancos de multiplicação em Minas surgiu de uma conversa entre o pesquisador Nuno Madeira, da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), e o coordenador estadual de olericultura da Emater-MG, Georgeton Silveira. Nuno explica que a parceria firmada entre as instituições vai permitir a implantação de hortas em quatro regiões do estado: Vale do Jequitinhonha, Zona da Mata, Norte de Minas, além da região Central. Haverá multiplicação dos materiais, que poderão ser cedidos aos municípios onde houver interesse pela produção das hortaliças não-convencionais nos viveiros para repassar aos agricultores.

As hortaliças do banco de multiplicação implantado na Embrapa Milho e Sorgo são: araruta, azedinha, beldroega, bertalha, cará-moela, chuchu-de-vento, inhame, jacatupé, jambu, mangarito, mostarda, ora-pro-nobis, physallis, peixinho, taioba, taro, vinagreira.
araruta (Maranta arundinacea), espécie do gênero Maranta, é uma erva cuja raiz tem fécula branca que é alimentícia. Também é conhecida como agutingue-pé, araruta-caixulta, araruta comum, araruta-palmeira e embiri.
A araruta é uma planta originária das regiões tropicais da América do Sul. Estudos arqueológicos mostram evidências do cultivo de araruta nas Américas há, pelo menos, 7.000 anos.
Segundo a sabedoria popular, a araruta tem vários usos medicinais, mas é na culinária que o uso desta planta se destaca, recomendada para pessoas com restrições alimentares ao glúten (doença celíaca). Considerada como um alimento de fácil digestão, a fécula da araruta é usada no preparo de mingausbolos e biscoitos. Por esta característica, é indicada para idososcrianças pequenas e pessoas com debilidade física ou doentes em recuperação. Também pode se produzir papel com a araruta.
Encontra-se em processo de extinção devido a indústria alimentícia ter substituído o polvilho de araruta pelo de mandioca ou pela farinha detrigo ou milho, prejudicando assim o cultivo daquela planta. A EMBRAPA Agrobiologia tem feito um trabalho de resgate da araruta em sua Fazendinha Agroecológica Km 47, onde as variedades são cultivadas organicamente.
azedinha, hortaliça azeda
Professores da PUC do Rio Grande do Sul, provam cientificamente que raiz de planta tem 100 vezes mais resveratrol que a uva (veja nossa matéria: Dieta da uva, a fruta milagrosa). A planta chama-se azeda, hortaliça pupularmente conhecida no Brasil como azedinha.
Resveratrol é um anti oxidante que ajuda a controlar a homeostase, equilibrando as funções do organismo, influenciando a cura de inúmeras doenças principalmente do metabolismo e referentes ao envelhecimento.
Ideal para diabetes, principalmente do tipo 2, que é mais comum nos idosos e está relacionada ao desequilíbrio homeostático.
O resveratrol ainda melhora problemas dos vasos em geral, atingindo a maioria das doenças da 3ª. idade, como circulação, cardiovasculares, pele, retardando o envelhecimento. Também beneficia a coordenação motora, previne a formação de catarata e preserva a densidade óssea.
Estudos publicados numa revista americana mostram que o resveratrol tem o mesmo efeito que uma alimentação com poucas calorias, então o resveratrol ajuda a dissolve-las, sem dieta especial.
A patente já foi vendida para a Eurofarma, com o propósito de produzir o medicamento, mas estes nunca vão substituir o original, feito pela natureza, que é usar de forma natural ou em tinturas, sendo este o efeito mais potente (veja matéria: Como fazer tinturas) da planta, única maneira de tirar com eficiência o princípio ativo da planta que deve está com a raiz, pois é nesta que está a maior concentração da substância.
Beldroega (Portulaca oleracea)- É uma plantinha brasileira que também floresce em canteiros europeus.Muito comum nas roças do Sul do país como hortaliça na culinária do homem simples. Suas folhas miúdas e grossas possuem mucilagem, tornando-a útil em casos de feridas e inflamações dos olhos . Combate aos vermes intestinais e também se mostra eficaz em problemas do fígado
A bertalha (Basella rubra L.) pertencente à família da baseláceas, é cultivada por suas folhas carnosas, muito consumidas no Rio de Janeiro. Por sua utilização na Índia, chama-se também de espinafre indiano.
Apresenta um longo período de produção de folhas, atravessando todo o verão. Esse fato, ao lado da rusticidade, a toma um recurso alimentar importante, rico em vitamina A, na época em que outras fontes dessa vitamina escasseiam.
As folhas refogadas ou cozidas em sopas não apresentam sabor pronunciado, lembrando o caruru-do-Pará, o ora-pro-nóbis ou o espinafre.
Paiva (1979) recomenda não se consumirem mais de 500 g/ dia, devido ao teor considerável de ácido oxálico, como ocorre com espinafre. Contudo, isso parece não ser problema em nosso meio, Lima vez que a quantidade de hortaliças folhosas usualmente consumida está muito abaixo desse limite.
O cará- moela pode ser considerado a “batata da agrofloresta”. Cresce muito bem em meia sombra dentro da agrofloresta no seu estágio de desenvolvimento, onde predominam as espécies da mata secundária. Pode ser plantado junto ao tronco de árvores frutíferas como aparece na foto acima.
Produz bulbos aéreos arredondados ou em forma de moela. Na África, essa espécie pode alcançar até 2 kg. Diferente do “cará-da-terra”, o Dioscorea alata, mais comum, que dá o tubérculo embaixo da terra e é a espécie mais difundida no Brasil, o
cará-moela tem textura menos granulosa e um ligeiro amargo característico muito bom. É mais cremoso depois de cozido, menos viscoso e a polpa pode ser esverdeada ou arroxeada.
Meio maxixe, meio pepino, o legume, batizado de Cyclanthera pedata (L) Schrad, é parente destes e de tantos outros frutos que conhecemos, da família das Cucurbitáceas - nigauris, cruás, abóboras, chuchus, melões, melancias, caxis e tantos outros. Como seus parentes, a planta é uma trepadeira originária da região centro-americana e pode ser encontrada, de forma subespontânea, tanto no Brasil como no México, Bolívia, Argentina, Colômbia, Chile e Peru. Alías, um de seus nomes é maxixe-peruano, já que naquele país há cultivo comercial mais intenso do legume (por aqui, parece se concentrar nas mãos de pequenos produtores que vendem apenas localmente, como é o caso do produtor da feira - sempre compro do mesmo).
Recebe ainda outros nomes Brasil afora, como boga-boga, cayo, taiuá-de-comer, maxixe-do-reino, maxixe-do norte, chuchu-de-vento, chuchu-paulista, chuchu-do-reino, pepino-de-comer, pepino-do-ar etc. Tanto o fruto quanto seus brotos podem ser consumidos como alimento. Eliana, que trabalha comigo, diz que na terra dela, no sertão da Bahia, costumam comer com carne, mas os frutos mais novinhos, quando não há necessidade de se tirar as sementes.
Tem textura meio fofa conforme amadurece, por isto é bom comprar quando estão bem verdinhos e crocantes. O sabor é uma mistura de maxixe, aspargo e pepino. Aliás, acho que lembra mais pepino. Então, tudo o que você faz com pepino, pode ser feito com ele. E refogado, como maxixe, também fica muito gostoso para comer de mistura. Como seus pares, é pobre em carboidratos, gorduras e, consequentemente, calorias, o que pode ser bom pra muita gente.
A quase totalidade da produção de inhame é utilizada para alimentação humana, em geral consumido directamente sob a forma de vegetal cozido. A cozedura é essencial dado que os inhames contém, em quantidade que depende da espécie, compostos que lhe dão um sabor acre que é destruído pelo calor.
Os inhames são em geral vendidos a peso, sendo comum serem cortados nos mercados para serem comercializados em porções.
Os respectivos tubérculos, cujo uso para fins alimentares está muito difundido nos trópicos (pantropical), principalmente na África Ocidental, nas Caraíbas e na região Nordeste do Brasil. Os tubérculos dos inhames são usados como acompanhamento de carnessopas e saladas, geralmente em pratos salgados, e com menos frequência em bolos e doces. O seu uso como alimento também é crescentemente apreciado nos Estados Unidos e na Europa, principalmente na França, onde seu consumo é associado a benefícios medicinais tais como a redução do mau colesterol.
Em alternativa o inhame cozido pode ser macerado, formando purés que podem ser utilizados directamente ou adicionados a alimentos sólidos ou sopas.
Os purés de inhame podem ser secos para produzir uma farinha destinada a consumo em fresco, como aditivo na confecção de outros alimentos ou como base para papa. Na África Ocidental a farinha pode ser preparada a partir de inhames frescos, sendo depois usada na confecção de uma massa (a amala ou telibowo) que só depois é cozinhada.
Nas Filipinas, os inhames são conhecidos como "ube" e são consumidos como sobremesa (chamada "halaya") e frequentemente com frutas e leite (no chamado "halo-halo").
O inhame tem um elevado valor calórico, sendo rico em proteínas e em elementos tais como o fósforo e o potássio, tendo na estrutura alimentar das regiões tropicais a mesma posição que a batata ocupa nas regiões temperadas
A aparência lembra uma batata doce, só que achatada e lobulada. Pelo menos a nossa, já que algumas variedades podem se alongar como cenouras. A textura úmida e crocante, assim como a brancura, fazem lembrar o nabo ou abatata-da-serra, da Chapada Diamantina, mas as semelhanças param por aí, pois não tem a pungência do primeiro nem a timidez da segunda.
O sabor é marcante, muito doce, como o yacon. E à primeira mordida vem à memória um sabor infantil ancestral. Meu amigo Carlos Colombo, que é agrônomo e pesquisador no IAC (Instituto Agronômico de Campinas), dividiu comigo a primeira mordida e as primeiras impressões. A gente conhecia aquele sabor. O que era, o que era? Depois de muito tempo, descobrimos: feijão-cru-de-molho. Não sei porque a gente tem este sabor no arquivo, já que não comemos os grãos crus, mas é fácil reconhecer (do broto de feijão, talvez) e, apesar de gosto de feijão cru ser desagradável, neste tubérculo passa a ser gostoso e instigante. Queria fazer mais testes, mas será da próxima vez, pois o Carlos levou um para plantar no IAC; comemos uma inteira como fruta; guardei uma para plantar no sítio (pode ser reproduzida por sementes ou pelo tubérculo) e usei a derradeira nesta salada, inspirada numas mexicanas que andei vendo por aí. Ah, ainda cozinhei uma fatia em água e sal - ficou gostosa, com textura firme como um nabo cozido. Imagino que deva ficar boa em cozidos. E crua, em saladas de frutas.
Jambu, também conhecida como agrião-do-pará (Acmella oleracea) é uma erva típica da região norte do Brasil, mais precisamente doPará, do Amazonas,do Acre e de Rondônia. Sendo originária da América do Sul, é comum também em todo o sudoeste asiático e em particular nas ilhas Mascarenhas e Madagáscar.




O jambu é muito utilizado nas culinárias paraense, amazonense, rondoniense e acriana, podendo ser encontrado em iguarias como o tacacá, o pato no tucupi e até mesmo em pizza combinado com mozarela. Pode-se preparar o jambu da mesma maneira que se prepara a couverefogada, cortando-a fininha e refogando-a no azeite com alho e sal a gosto e bacon cortado em cubinhos.




Uso em culinária

Uma de suas principais características é a capacidade de tremelicar os lábios de seus comensais. É usada como especiaria pelos chineses. As folhas podem ser usadas frescas ou secas. As folhas tenras cortadas finamente são usadas como condimento no prato nacional malgaxeromazave. É encontrado abundantemente no interior do Rio de Janeiro, no município de Trajano de Moraes.
Na Bahia, especialmente, é usado como erva de alto valor religioso com os nomes oripepé, pimenta-d'água e pingo-de-ouro.


Propriedades

A planta é reconhecida como anestésicadiuréticadigestivasialagogaantiasmática e antiescorbútica. Os seus capítulos possuem propriedades odontálgicas e antiescorbúticas
Mangarito

Vamos conhecer o mangarito?
O mangarito é nativo da América do Sul. Tem muita gente que faz confusão entre ele e a taioba. Elas são plantas da mesma família, parecidas, mas têm raízes diferentes. A raiz lembra a batata.
É da mesma família do inhame e do cará.

Em um hectare, é possível plantar 250 mil mudas, de oito a 15 toneladas do tubérculo. A melhor época para o plantio é entre os meses de setembro e outubro. A terra deve ser preparada com 30 dias de antecedência. Depois, é só esperar sete meses e começar a colher.
A colheita deve ser feita entre os meses de maio e agosto. Caso contrário, o produtor corre o risco de perder até 70% da produção, pois se as raízes de mangarito passarem mais de três meses debaixo da terra, começarão a apodrecer.
Os cuidados básicos são: adubagem antes e depois do plantio e irrigação.
Depois da colheita, o alimento deve ser lavado com cuidado e estocado em local seco. O quilo, geralmente, é vendido por R$ 5,00.

Com o mangarito, dá para fazer diversos tipos de prato (doces e salgados).
O mangarito se come cozido, como a batata.

Segundo informações do Instituto de Agronomia de Campinas (SP), o mangarito precisa ser mais pesquisado. Mas, já se sabe que ele é muito nutritivo, pois tem um alto teor de pró-vitamina A.

Confira a receita de mangarito com galinha caipira e de risoto de frango com mangarito.
Interessados em produzir as hortaliças não-convencionais na região de Sete Lagoas podem entrar em contato com Érika Carvalho, pelo telefone (31) 3774-1320.


Texto: Marina Torres (MG 08577 JP)
Jornalista / Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG)
www.cnpms.embrapa.br 
Área de Comunicação Empresarial (ACE) 
Tel.: (31) 3027-1275 
Cel.: (31) 9155-6669 
E-mail:marina@cnpms.embrapa.br



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