Parceria entre Governo do Estado e INSS garante emprego a pessoas com deficiência
Uma nova perspectiva profissional para 30 pessoas com deficiência auditiva dará o pontapé inicial da parceria que o governo do Estado assina nesta quarta-feira (31) com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para empregar pessoas inseridas no Programa de Oportunidades e Direitos (POD) da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos (SJDH). O presidente do INSS, Mauro Hauschild, estará em Porto Alegre para assinar o documento, em ato que ocorre a partir das 10h no Palácio Piratini.
Na primeira fase do projeto, a SJDH selecionará, através da Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência e Pessoas com Altas Habilidades no Rio Grande do Sul – FADERS, 30 servidores para trabalhar com a digitalização de documentos no Centro de Documentação (CedocPrev) do órgão federal em Porto Alegre. Serão contratados um supervisor, 14 preparadores de documentos (para limpeza e recuperação de papéis) e 15 digitalizadores. Eles devem começar a atuar já no próximo mês, quando as entidades de surdos celebram o Setembro Azul – período dedicado à luta pelos direitos humanos, linguísticos e culturais da comunidade surda.
“Essa iniciativa busca efetivar os direitos através da promoção de oportunidades, dentro da visão estratégica que buscamos implementar através do POD”, explica o secretário da Justiça e dos Direitos Humanos, Fabiano Pereira. Outros públicos atendidos pela SJDH que serão beneficiados a partir da parceria com o INSS são os adolescentes da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) – que trabalharão em quiosques da Previdência no centro e no bairro Restinga, em Porto Alegre – e os idosos, através da ampliação dos seminários que a Federação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas do Rio Grande do Sul (Fetapergs) realiza em todo o Estado.
De acordo com a Diretora de Direitos Humanos e Cidadania da SJDH, Tâmara Biolo Soares, a iniciativa deve ser exemplo para outros Estados: “Essa parceria com o INSS é pioneira no Brasil, servindo como piloto para ser implementada em outros Estados no futuro. Com o tempo, vamos ampliar o número de vagas no Rio Grande do Sul”. Diversas entidades ligadas aos direitos das pessoas com deficiência, como a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos, estarão presentes no ato desta quarta-feira.
Na primeira fase do projeto, a SJDH selecionará, através da Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência e Pessoas com Altas Habilidades no Rio Grande do Sul – FADERS, 30 servidores para trabalhar com a digitalização de documentos no Centro de Documentação (CedocPrev) do órgão federal em Porto Alegre. Serão contratados um supervisor, 14 preparadores de documentos (para limpeza e recuperação de papéis) e 15 digitalizadores. Eles devem começar a atuar já no próximo mês, quando as entidades de surdos celebram o Setembro Azul – período dedicado à luta pelos direitos humanos, linguísticos e culturais da comunidade surda.
“Essa iniciativa busca efetivar os direitos através da promoção de oportunidades, dentro da visão estratégica que buscamos implementar através do POD”, explica o secretário da Justiça e dos Direitos Humanos, Fabiano Pereira. Outros públicos atendidos pela SJDH que serão beneficiados a partir da parceria com o INSS são os adolescentes da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) – que trabalharão em quiosques da Previdência no centro e no bairro Restinga, em Porto Alegre – e os idosos, através da ampliação dos seminários que a Federação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas do Rio Grande do Sul (Fetapergs) realiza em todo o Estado.
De acordo com a Diretora de Direitos Humanos e Cidadania da SJDH, Tâmara Biolo Soares, a iniciativa deve ser exemplo para outros Estados: “Essa parceria com o INSS é pioneira no Brasil, servindo como piloto para ser implementada em outros Estados no futuro. Com o tempo, vamos ampliar o número de vagas no Rio Grande do Sul”. Diversas entidades ligadas aos direitos das pessoas com deficiência, como a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos, estarão presentes no ato desta quarta-feira.
Fonte: SJDH
Deficiente conquista vaga depois de faculdade com intérprete
Por Marina Pita - São Paulo
Lindolfo Soares de Azevedo, 28 anos, tem deficiência auditiva e conseguiu seu primeiro emprego em outubro de 2009. A chave para sua inclusão no mercado de trabalho, em sua opinião, foi a formação em design de interface por meio de curso superior no qual investiu quatro anos. Com um currículo de peso, conseguiu a atenção do Grupo TBA, da área de tecnologia da informação, e hoje tem renda própria e independência financeira.
Para ele, o fato de a faculdade na qual estava matriculado ter contratado um intérprete capacitado em libras, conhecida como língua dos sinais, foi decisivo para o sucesso de sua empreitada. O que muitos não sabem, porém, e ele faz questão de frisar é que as instituições de ensino têm obrigação de oferecer as condições adequadas para que os alunos com deficiência possam estudar.
O decreto 3.298/99, que regulamenta a lei nº 7.853/89, instituiu a "Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência", determinando no seu artigo 27 que "as instituições de ensino superior deverão oferecer adaptações de provas e os apoios necessários, previamente solicitados pelo aluno portador de deficiência, inclusive tempo adicional para realização das provas, conforme as características da deficiência".
Hoje, Azevedo desenvolve layouts para a diretoria de recursos humanos do Grupo TBA. Está contente em poder trabalhar na área de sua formação e vem enfrentando com determinação as dificuldades de comunicação na rotina. "Mesmo eu compreendendo parte do que as pessoas falam, é fundamental que eles se comuniquem de forma mais clara e nem todos o fazem", aponta.
Outro desafio para o profissional é a compreensão dos e-mails. A construção de textos e a leitura são difíceis para grande parte dos surdos, já que muitos não foram alfabetizados adequadamente e tampouco aprenderam o português verbal. Para contornar esta situação, Azevedo conta com a ajuda de alguns colegas.
Atualmente empregado, ele é um dos defensores da lei de cotas. "Um portador de necessidades especiais precisa investir muito em saúde e aparelhos. Por isso é importante podermos trabalhar. Além disso, é muito importante para termos mais oportunidades, mais convívio social entre todos da empresa".
Lindolfo Soares de Azevedo, 28 anos, tem deficiência auditiva e conseguiu seu primeiro emprego em outubro de 2009. A chave para sua inclusão no mercado de trabalho, em sua opinião, foi a formação em design de interface por meio de curso superior no qual investiu quatro anos. Com um currículo de peso, conseguiu a atenção do Grupo TBA, da área de tecnologia da informação, e hoje tem renda própria e independência financeira.
Para ele, o fato de a faculdade na qual estava matriculado ter contratado um intérprete capacitado em libras, conhecida como língua dos sinais, foi decisivo para o sucesso de sua empreitada. O que muitos não sabem, porém, e ele faz questão de frisar é que as instituições de ensino têm obrigação de oferecer as condições adequadas para que os alunos com deficiência possam estudar.
O decreto 3.298/99, que regulamenta a lei nº 7.853/89, instituiu a "Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência", determinando no seu artigo 27 que "as instituições de ensino superior deverão oferecer adaptações de provas e os apoios necessários, previamente solicitados pelo aluno portador de deficiência, inclusive tempo adicional para realização das provas, conforme as características da deficiência".
Hoje, Azevedo desenvolve layouts para a diretoria de recursos humanos do Grupo TBA. Está contente em poder trabalhar na área de sua formação e vem enfrentando com determinação as dificuldades de comunicação na rotina. "Mesmo eu compreendendo parte do que as pessoas falam, é fundamental que eles se comuniquem de forma mais clara e nem todos o fazem", aponta.
Outro desafio para o profissional é a compreensão dos e-mails. A construção de textos e a leitura são difíceis para grande parte dos surdos, já que muitos não foram alfabetizados adequadamente e tampouco aprenderam o português verbal. Para contornar esta situação, Azevedo conta com a ajuda de alguns colegas.
Atualmente empregado, ele é um dos defensores da lei de cotas. "Um portador de necessidades especiais precisa investir muito em saúde e aparelhos. Por isso é importante podermos trabalhar. Além disso, é muito importante para termos mais oportunidades, mais convívio social entre todos da empresa".
Fonte: Terra
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