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sexta-feira, 12 de março de 2010

USANDO AS ONDAS CEREBRAIS




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Nova cadeira de rodas movida a impulso cerebral

Investigadores italianos criam uma nova cadeira de rodas, equipada com dois computadores de bordo, que responde aos comandos cerebrais do seu utilizador
Uma equipa de investigadores italianos apresentou uma cadeira de rodas inteligente, capaz de se mover dentro da casa do utilizador de acordo com seus impulsos cerebrais, segundo divulgou a edição on-line da BBC Saúde. A cadeira de rodas motorizada é equipada com dois computadores de bordo, que analisam as ondas cerebrais e orientam o movimento, com o auxílio de câmaras e dispositivos espalhados pela casa.
Os investigadores acreditam que a cadeira, que poderá ser usada por pessoas com diferentes graus de deficiência física e dificuldades de movimento, possa chegar ao mercado entre cinco a 10 anos. Sublinham também que o mesmo sistema poderá ser usado por cidades inteiras para permitir a locomoção de deficientes com a cadeira "inteligente".
O protótipo, resultado dos esforços de uma equipa multidisciplinar que envolveu o Departamento de Bioengenharia, responsável pela descodificação dos sinais humanos, além do hospital San Camillo, em Veneza, e da clínica de reabilitação Maugeri, em Verona, foi construído pelo Departamento de Inteligência Artificial e Robótica do Politécnico de Milão e está em fases de testes de aperfeiçoamento.
O projecto experimental usa processadores de última geração, com baixo consumo de energia e que são integrados a um aparelho capaz de registar graficamente as correntes eléctricas do cérebro. Dentro de um dos programas dos computadores foi inserida a planta de um apartamento. Os ambientes surgem diante do utilizador numa tela no braço da cadeira.
As palavras "sala", "cozinha", "casa de banho", "quarto", "primeiro andar" e "portaria" piscam continuamente. As opções luminosas estimulam a actividade cerebral. Ao concentrar-se numa das possibilidades, a pessoa altera os impulsos do cérebro. O sistema releva esta modificação através de electrodos, captura-a e interpreta-a.
A função destes terminais - os electrodos - é a de medir a actividade elétrica superficial do cérebro que, por via de uma pasta condutora de eletricidade, transmite os sinais ao computador.
«Eles estão presos a uma touca que cobre a cabeça do utilizador, em posição central para receber os sinais das áreas mais profundas do córtex cerebral», explica um dos investigadores, Bernardo Darseno. Uma interface entre o cérebro e o computador completa a operação.
«Uma das partes mais complicadas é a análise dos sinais do eletroencefalograma, pois são muito "sujos", sofrem algumas interferências e são frágeis. O utilizador precisa de muita concentração», explica o coordenador da pesquisa, Matteo Matteucci.
Os sinais capturados são transmitidos a uma calculadora. Eles contêm as informações sobre a reacção de um indivíduo aos estímulos externos, no caso, ao painel com as opções dos pontos de destino. Quanto maior for a quantidade de dados apurados e elaborados sobre um destino desejado pelo utilizador, maior é a possibilidade da cadeira de rodas tomar o rumo da opção escolhida.
Um gráfico estabelece o percurso previsto da cadeira e o regista-o para poder ser consultado mais tarde após a execução do movimento. A cadeira de rodas inteligente ainda anuncia com a voz sintetizada o destino escolhido e, pouco depois, a chegada até a opção desejada.
A cadeira de rodas orienta-se com o auxílio de uma câmara apontada para o tecto do apartamento. Em cada ambiente existe um dispositivo fixado no alto. São adesivos de plástico, diferentes uns dos outros, que permitem a exacta localização do utilizador, em tempo real.
«Neste programa colocamos não apenas a disposição dos ambientes como também todos os objectos e barreiras espalhados pela casa, como mesas, cadeiras, colunas e paredes. Dois sensores a laser, instalados na frente da cadeira, reconhecem obstáculos imprevistos, como a passagem de uma pessoa. Dependendo da distância, ela pode parar ou desviar, se houver espaços para a manobra. Ninguém corre o risco de ser atropelado», explica o professor Matteo Matteucci.
Todo o sistema, alimentado por uma bateria, pode ser operado de três maneiras: através do "touch screen", quando o usuário toca com as mãos no lugar onde quer chegar; o de alta-voz com os comandos dados através da fala; e o cérebro-computador, o mais sofisticado e complicado.
Para os cientistas, o desafio para o futuro é equipar cidades inteiras para que esta realidade possa ganhar as ruas. «Em princípio, sim, essa hipótese existe... Em casa usamos marcadores no tecto e isso ajuda a dar um erro de localização de poucos centímetros. Não pode haver no exterior um erro nem de baixo padrão. Com o GPS temos alguns metros de erro. Estamos a trabalhar para integrar o laser, o GPS e as câmaras para reduzi-los e levar a cadeira para o ambiente externo», explica o professor Matteo Matteucci.
Ele acredita que a cadeira com a interface cérebro-computador possa chegar ao mercado entre cinco e 10 anos, depende do volume de investimentos a ser feito. O protótipo foi feito após três anos de investigação e custou cerca de 30 mil euros, investidos pelo Politécnico de Milão, Região Lombardia e Instituto Italiano de Tecnologia. Ele faz parte de um projecto europeu com diferentes unidades de pesquisa em andamento na Suíça e na Alemanha. A China já possui um protótipo e outros países pesquisam soluções semelhantes.
Na Itália, segundo dados oficiais do governo, existem cerca de 1,2 milhão de pessoas com dificuldade de movimento.

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